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José Guimarães

Advogado, deputado federal e Líder do Governo na Câmara dos Deputados

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A economia do futuro é verde e sustentável

O Brasil é uma das maiores potências de recursos naturais do mundo, com alta capacitação tecnológica para o desenvolvimento da economia verde

(Foto: REUTERS/Bruno Kelly)
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As mudanças climáticas passaram a fazer parte das grandes preocupações de governos em todo o mundo. As intempéries ameaçam a humanidade em várias regiões do planeta e nos fóruns internacionais se intensificam o debate e as demandas por providências governamentais. A começar por mudanças na produção e no consumo, por investimentos na transição energética e no desenvolvimento sustentável.

Um estudo elaborado pelo Instituto de Sistemas Globais, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e da Universidade de Nanquim, na China, publicado na revista Nature Sustaintability, calcula que até o fim do século mais de um quinto da humanidade estará exposta a temperatura média de 29ºC.

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Segundo o estudo, com essa elevação de temperatura, 2 bilhões de pessoas, (22%) da população mundial em 2070 (9,5 bilhões), sofrerão impacto direto das intempéries e enfrentarão grandes desafios para sobreviver. Nesse mesmo estudo, pesquisadores afirmam que o Brasil terá a maior área terrestre exposta ao calor perigoso, de um aquecimento de 2,7ºC. Toda a região Norte, Mato Grosso, parte de Goiás, além de Maranhão, Piauí e Ceará serão afetados. 

Mudanças profundas começam a acontecer num ritmo surpreendente. A Agência Internacional de Energia (IEA) mapeou os investimentos em energia limpa no mundo e concluiu que, em 2023, pela primeira vez, os investimentos em energia limpa vão superar os desembolsos em combustíveis fósseis.

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No último relatório do World Energy Investment, com sede em Paris, consta que desde 2021 o investimento anual em energia renovável aumentou em quase um quarto em comparação com uma alta de 15% nos combustíveis fósseis. De 2019 até o final de 2022, investidores de ações do mercado privado triplicaram os ativos globais direcionados à sustentabilidade ambiental e social, passando de US$ 90 bilhões para mais de US$ 270 bilhões. Para cada dólar investido em combustíveis fósseis, aproximadamente US$ 1,7 dólar está indo para energia limpa. Cinco anos atrás, essa proporção era de um para um.

A China concentra 80% da produção mundial de painéis solares.  Em cada sete painéis, um vem de uma única fábrica chinesa. O relatório destaca a alta dependência do Brasil, que importa, da China, mais de 90% dos seus equipamentos de painéis solares. A IEA cita que as importações dos painéis solares foram responsáveis pela redução de 12% no superávit comercial do Brasil.

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Em recente viagem oficial à China, o presidente Lula assinou 15 acordos bilaterais de parceria de empresas para a produção de energia solar e eólica, mobilidade elétrica e hidrogênio. O Ministério de Minas e Energia e a chinesa SPIC assinaram acordo para construção e operação de usinas de energia solar, complementadas por mine-turbinas eólicas, baterias e purificadores de água, em áreas remotas da floresta amazônica, a fim de atender comunidades isoladas. 

A agenda da sustentabilidade e transição energética foi destaque na parceria. O BNDES e o China Development Bank (CDB), instituição de fomento do país asiático, assinaram protocolos para captação de até US$ 1,3 bilhão para investimentos no Brasil. 

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Em recente evento conjunto com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas e a Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES), o BNDES realizou um grande seminário com o tema “Financiamento para o Grande Impulso para a Sustentabilidade”, a fim de debater a agenda da economia verde no Brasil.

Durante visita à China junto à comitiva do presidente Lula, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, assinou três acordos com empresas chinesas: Grupo Mingyang Smart Energy para investimento e implantação do Centro de Tecnologia e Reparo de Aerogeradores no Estado do Ceará; projetos para produção de energia eólica onshore e offshore, solar, hidrogênio azul e verde, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

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A produção de energia eólica tem aumentado, extraordinariamente, sua participação na matriz energética brasileira, chegando a 17% da produção nacional. Nesse crescimento, o Ceará se destaca com capacidade instalada de 2.273 MW e 92 parques eólicos. Segundo a ANEEL, a expansão da matriz de geração de energia eólica, no Brasil, deve chegar a 10,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada, o maior nível de expansão registrado pela Agência, desde sua fundação, em 1997.

O Ceará tem se destacado também na produção de energia a partir do hidrogênio. A primeira molécula de hidrogênio produzida no Brasil foi desenvolvida na nova unidade de geração localizada em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.

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O mundo se volta para a produção de energia limpa e renovável. Vários países anunciaram planos de produção nacional de hidrogênio. A União Europeia se comprometeu, em 2020, investir US$ 430 bilhões em hidrogênio verde até 2030. Dia 10 de maio próximo passado, os governos do Ceará e dos Países Baixos lançaram o Corredor de Hidrogênio verde. A Holanda, juntamente com a Alemanha se comprometeram, com recursos dos governos deles, estimular a demanda por hidrogênio verde nos seus respectivos países e favorecer a importação. O porto de Pecém é tido como um dos que tem maior potencial para atrair empreendimentos para geração do novo combustível e o porto de Roterdã a principal porta de entrada para toda a Europa. O terminal do Ceará recebeu investimentos de 7,5 bilhões de euros do porto holandês de Roterdã.

Em abril, a Câmara Setorial de Energias Renováveis da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) aprovou sugestão de projeto de lei para criação de uma política estadual do hidrogênio verde (H2V) e de seus derivados. O governo do Ceará já assinou, com investidores, 24 memorandos de entendimento relacionados à produção de hidrogênio. Três deles tiveram pré-contratos selados e já dispõem de área reservada na Zona de Processamento de Exportação do Ceará para instalar as fábricas. São eles: Fortescue, Casa dos Ventos e AES. 

Os investimentos globais e nacionais estão no início de uma escala de produção proporcional à urgência e ao volume da demanda do desenvolvimento de tecnologias de descarbonização das matrizes energéticas, levando em consideração as características regionais. 

O Brasil é uma das maiores potências de recursos naturais do mundo, com alta capacitação tecnológica para o desenvolvimento da economia verde. O governo Lula tem, entre suas prioridades, a transição do modelo econômico com um leque de oportunidades promissoras de investimentos na imensa cadeia produtiva brasileira e na promoção do desenvolvimento econômico sustentável. 

Para essa mudança paradigmática, o presidente Lula conta com a assessoria da ministra Marina Silva, uma das mais respeitadas e comprometidas autoridades brasileiras com a sustentabilidade. A economia do futuro é verde e sustentável.

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