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Ivo Pugnaloni

Engenheiro eletricista e de comunicações. Atuou no programa CLIC RURAL do governo do Paraná, financiado pelo Banco Mundial, trabalhando para rever padrões de projetos e reduzir custos das ligações para a população rural. É um dos coordenadores políticos do MDSN, Movimento em Defesa da Soberania Nacional.

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A Eletrobrás, como a Petrobrás, será decisiva também, quando voltar a ser controlada pelo Brasil

Falta pouco para o país superar a fase da economia de "terra arrasada" que o governo anterior impôs

Eletrobrás (Foto: Reuters / Pilar Olivares)
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Quando a profecia dessa manchete acontecer, nossas tarifas de energia só deixarão de ser as vice-campeãs de preços mais caros do mundo se uma diretriz de privilegiar nosso potencial de energias renováveis tanto as intermitentes quanto as permanentes e firmes for claramente adotada.

Falta pouco para o país superar a fase da economia de "terra arrasada" que o governo anterior impôs. Quando isso acontecer, já deveremos ter optado pelo uso compartilhado e racional dos recursos naturais, de forma inteligente e cooperativa. Não concorrencial.

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Mas isso depende de haver credito e investimento adequado na construção de novas hidrelétricas pois,  gerar energia apenas com as fontes renováveis  intermitentes, solar eveolica, que deixam de produzir de noite, ou quando há periodos com falta de sol, muita chuva e falta de vento, nos obrigará a depender cada vez mais, de ter que usar termoelétricas com combustíveis fosseis importados e sempre com maior intensidade.

Isso sob pena de sofrermos novos "apagões", como o que aconteceu no mês passado quando, subitamente uma calmaria de ventos no nordeste "derrubou" quase metade do sistema elétrico brasileiro até o extremo sul do Brasil por mais de 8 horas em algumas regiões.

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Essa energia firme, sendo gerada na dependência de derivados de petróleo, obrigará o Brasil a continuar a queimar enormes quantidades de hidrocarbonetos, "sujando" nossa atmosfera e nossa matriz com a emissão de particulados e gases  de efeito estufa.

E isso nos impedirá de cumprir o compromisso do Brasil e a promessa do presidente Lula na COP 28 em Belém do Pará. Por que não acumular e usar água doce e não o petróleo, para gerar energia eletrica?

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Onde estaria o problema em elaborar e cumprir bons projetos de engenharia hidrelétrica que possuam bons projetos ambientais em seu conteúdo? Por que essa mania estranha de darmos sempre esse "jeitinho"  de não aproveitarmos o formidável potencial hidrelétrico remanescente do Brasil?

Ele é o terceiro maior do mundo,  com 10% do total, equivalente a 9 usinas de Itaipu.  Mas tem a vantagem de, em vez de estar todo concentrando em um só lugar, ele está particionado, dividido e disperso em todo o território nacional, o que reduz os impactos negativo, potencializa seus multiplos impactos positivos.

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O melhor é que todos esses potenciais, sem exceção, se contarem com projetos de engenharia e socio-ambientais adequados, poderão deixar de atingir ou mesmo causar o minimo impacto negativo em qualquer terra indígena, quilombola ou de ribeirinhos e biomas fragilidados.

E ainda gerar receitas significativas para essas populações, já tão sacrificadas nesses mais de 500 anos de invasão e ocupação de suas terras. Que nunca foram indenizadas.

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Por que será que a China e a Russia, que tem 13% e 12% do potencial hidrelétrico mundial estão aproveitando essa riqueza com ajuda de sua engenharia ambiental e o Brasil vem sendo proibido de faze-lo?

Por que  manobras regulatorias e de política econômica  internas e externas nem sempre honestas e isonomicas têm conseguido nos fazer deixat aproveitar de aproveitar esse potencial formidável?

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Hoje ele é calculado em novos 135 GW conforme o SIPOT no site da própria ELETROBRÁS. E essa quantidade é obtidas apenas somando os potenciais acima de 5 MW, cada um deles suficiente para alimentar uma cidade com 3900 residências. Já os potenciais elétricos inferiores a 5 MW ainda nem foram contabilizados, pois tantos eles são e estão tão dispersos, que foi impossível ainda identificar a todos.

A maioria deles está muito proxima das linhas de distribuição e transmissão, o que ajuda muito a reduzir os custos com sua conexão ao sistema das distribuidoras, podendo ser construídos com pequenos reservatorios e gerar energia na mesma modalidade comercial que viabilizou a energia solar, que foi a chamada "Geração Distribuida".

Esses pequenos reservatorios tem a o enorme beneficio de acumular água doce, e com isso atenuaro ou mesmo evitar tanto as sêcas como as enchentes. O melhor é que além de servir para gerar energia esses corpos de agua podem gerar proteinas de alto valor nutricional e significativa receita aos pequenos e medios produtores rurais, através da piscicultura e da fruticultura irrigada por gotejamento,  apenas por exemplo, como em Israel e no sertão de Pernambuco.

A energia de fonte termoelétrica fossil custa ao consumidor de 800% a 1000% mais caro do que a hidrelétrica e onera em demasia os consumidores. Ela apenas deveria servir de "back up" em situações de intercorrencias tecnicas imprevisíveis. Assim ela cumpriria a importante tarefa de dotar o Brasil de um sistema altamente estavel e seguro. 

E não, de ser tão indispensável assim a ponto de chegar a gerar 35% da energia eletrica consumida, como ocorreu entre 2014 e 2019, fato que impactou fortemente na inflação, nos juros e no baixo crescimento do PIB. E portanto, tendo assim inegavel impacto no impedimento criminoso e artificial  do mandato da Presidenta Dilma, primeira mulher a chegar a essa posição em nosso país. E que a ela foi conferido de forma legítima pela população. 

Não podemos esquecer que para o rápido processo de desindustrialização do Brasil contribui o fato de que aqui nossa indústria só não paga energia mais cara do que os industriais alemães.

Mas a Alemanha está quase numa guerra com a Russia. E o Brasil não.

Uso multiplo dos recursos hidricos - Gerar energia eletrica totalmente limpa deveria ser, por força de lei,  apenas um dos benefícios de construir-se os lagos artificiais das hidrelétricas.

Hoje essa obrigação já existe desde 1934 , mas foi deixada por Getúlio Vargas apenas por um decreto, de número 24738. Assim ela precisou ser definida na lei 9433/97 que criou o sistema nacional de gerenciamento dos recursos hidricos, mas que ainda carece de regulamentação que torne mandatoria a obrigatoriedade dos empreendimentos hidrelétricos sempre obedecerem à criação de oportunidades para outros usos, nesmo de formas não concorrentes, mas complentares.

Por esta razão 60% das outorgas de agua no Brssil foram dadas para custosos e irracionais projetos de irrigação por pivot central, contra 9% para a indústria e 15% para o abastecimento de cidades, sobrando para as Hidrelétricas menos de 1%.

O presidente Lula será cobrado na COP 28 em Belém do Pará pelo que terá deixado de fazer o Brasil para reter a agua doce antes que as secas arrasem até o proprio rio Amazonas. E a energia elétrica à noite e de madrugada venha de termoelétricas altamente poluentes. E a solução está ao alcance: reter a agua da chuva por mais tempo para usa-la de forma racional em reservatorios projetados com a moderna modelagem hidroenergetica oferecida pela tecnologia e pela ciência.

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