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José Marcus de Castro Mattos

Poeta, psicanalista

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A escória Bolsonaro

A escória constituída por Bolsonaro e por seus analfabetos seguidores tem péssimo lastro: ela descende da corja dos criminosos lusitanos que foram degredados para o Brasil pelos idos de 1500

imagem para artigo de José Marcus de castro Mattos (Foto: José Marcus de Castro Mattos)
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A escória constituída por Bolsonaro e por seus analfabetos seguidores tem péssimo lastro: ela descende da corja dos criminosos lusitanos que foram degredados para o Brasil pelos idos de 1500.

Como se sabe aquela ralé cometera vários crimes em Portugal e a Coroa tomara o hábito de mandá-la para o território recém-descoberto com o intuito de fazer dela a linha de frente no primeiro contato com os 'selvagens', e, em seguida, caso sobrevivesse, permitir-lhe a continuidade de uma vida miserável através do indulto penal (a partir daí a bandidagem poderia se ocupar com trabalho braçal ou aplicar-se a algumas atividades legais tais como transporte nas costas de enormes galões de água potável, vassouragem de ruas pestilentas, vigia desarmada de fortes distantes, etc.).

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Fato é que, à maneira de baratas em situações extremas, a malta proto-bolsonariana sobreviveu, fornicou (com índios, negros e brancos), trabalhou naquelas condições e – claro, sem nenhum apreço ao solo para o qual fora expulsa a pontapés e chibatadas – povoou a Terra de Vera Cruz, guardando em seus corações e mentes devassos, todavia, o ódio e o desprezo atávicos por tudo que lhes cheirasse à Lei.

Em resumo, criminosa e analfabeta era essa malta proto-bolsonariana em Portugal, criminosa e analfabeta veio essa malta proto-bolsonariana para o Brasil e aqui essa malta proto-bolsonariana proliferou como criminosa e analfabeta.

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Cabe-me dizê-lo, no entanto, que a malta proto-bolsonariana expandiu-se 'melhorando de vida', ou seja, ela foi aos poucos – sempre através de meios escusos, para preservar o estilo bandidesco – galgando os íngremes porém corrompidos degraus da Colônia, tornando-se ali um pequeno proprietário de terras (e, pois, de escravos), lá um pequeno comerciante e acolá um pequeno político, não sem antes tomar precavidos e rigorosos cuidados para branquear-se...

No transcorrer de nossos pra lá de vexaminosos quatro séculos de escravidão (de índios e negros), o alpinismo social da malta proto-bolsonariana alocou-a em um dos cômodos da Casa-Grande, fazendo-a crer-se finalmente 'perdoada' e, seguindo exemplos de cômodos contíguos ao seu, autorizada a dar livre curso à violência, ao deboche e ao crime.

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Neste ínterim, evidentemente a malta proto-bolsonariana parara de fornicar com índios e negros, apartando-se ato contínuo da 'negrada' gerada em tais condições e empuxando a chicotadas caboclos e mulatos – filhos doravante bastardos – para a Senzala.

Mas o 'motor da História' (expressão aristotélica de Marx) não para de roncar (alguma ambiguidade em minha frase?) e eis que centúrias romanas tomam de assalto a Casa-Grande e fundam em seu salão-nobre a Res Publica...

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O General toma o lugar do Rei e... pronto: xeque-mate na Senzala!

Em temos menos elípticos, a 'República dos Estados Unidos do Brasil' (pausa para gargalharmos) muda tudo sob a condição de nada mudar – eis aí o verdadeiro motivo pelo qual os malditos historiadores terem-na cognominado de 'Velha República/\República Velha' (sic) –.

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Naturalmente a malta proto-bolsonariana foi a primeira a lamber as botas do General Republicano (um oxímoro!) e fazer delas o signo de sua permanência na Casa-Grande, ou seja, o Republicano General (um paradoxo!) ensinou-a a travestir-se de 'Brazil', a praticar um Golpe de Estado e instalar simultaneamente um Estado de Golpe, como se o país, contudo, não estivesse nem sob uma coisa nem sob outra coisa...

Assim, a malandragem intrínseca à malta proto-bolsonariana foi exponencialmente sofisticada pela malandrinagem casagrandense-republicana, a tal ponto que a malandra junção entre as duas nos faz até hoje acreditar que a malandrice é obra e desgraça apenas e tão-somente dos malandros negros, caboclos e mulatos ocupantes da Senzala.

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Trocando em miúdos, os bolsonarianos nasceram criminosos-degredados, passaram-se por 'gente de bem' e tornaram-se lambedores de botas militares, tudo junto e misturado de maneira a aportarem no presente trans-vestidos (o hífen é importante) de moralistas ultra-refinados: pelo grito malandréu do fuleiro Bolsonaro, o Exército de Orcs urra publicamente em prol da tortura, do estupro, do racismo, da homofobia, da censura, etc.

Todavia, considerando-se que no interior da Casa-Grande uma coisa deve obrigatoriamente ser tomada (ou vendida, tanto faz!) por outra coisa, pois bem, ninguém ali há de se levantar e prender Bolsonaro e asseclas; pelo contrário, o bárbaro urrado ecoa em todos os cômodos casagrandenses e não poucos aspiram gozosamente o odor fúnebre dele exalado...

'MORTE! MORTE! MORTE!', grita o 'Führer' bra'z'ileiro à frente de seu Exército de Orcs.

Ora, se a Casa-Grande – cujos luxuosos e confortáveis cômodos são habitados por FEBRABAN, FIESP, AGROBUSINESS, CÂMARA DE DEPUTADOS FEDERAIS, SENADO, STF, PIG (GLOBO à cabeceira), CIA, etc –, se a Casa-Grande então, dizia eu, é teúda e manteúda de Michê e quadrilha na Presidência da República, por que cargas d'água ela não seria manteúda e teúda de Bolsonaro e sua malta de orcs contra a Senzala?

Enquanto isso nós, senzaleses, tentamos nos livrar de nossa 'paternidade maldita', ganhar musculatura e, saindo para o terreiro ao som de nossos bravos atabaques, vencer a batalha final.

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