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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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A esquerda está unida contra a estratificação?

Libertar o gigante Brasil das amarras da libertinagem política é remédio amargo a ser ministrado ao frágil povo

Rua de comércio popular no Rio de Janeiro 23/12/2020 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
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Em um primeiro turno programático, e um segundo turno plebiscitário, junto a uma frente ampla inusitada, vimos brotar em meio ao deserto de um bolsonarismo árido: a flor da esperança. Uma esperança perdida, que recobrou sua função de esperançar. Porém, sabemos muito bem, que a luta contra a estratificação é árdua, muito árdua.

Afinal ser massa de manobra, não é só uma simbologia. Ela é uma agenda. A uma agenda econômica, que manda, não pede. E infelizmente, (ainda) necessitamos respirar ares de mudança para a população. Aparentemente, estamos salvos. Governar para e pelo povo, tornou-se agora uma batalha a ser vencida, de forma amplificada. Eu, particularmente defendo um salário máximo para qualquer “trabalhador”. Desconstruir a falácia do trabalhismo perfeito é preciso, sabemos que o tal "salário-mínimo" é vergonhoso e retroalimentador da miséria social e humana.

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Há orçamentos secretos, propinas, rachadinhas, corrupção ativa e passiva no front, e isso se constitui em elementos/empecilhos para um avanço da igualdade. Ademais, será possível reger uma orquestra com um parlamento desafinado, ou seja, com uma falta de maioria parlamentar. Desmonte é a palavra de ordem de governos antidemocráticos, vimos isso historicamente, com a ditadura militar de 1964, e depois com o golpe de 2016, aliás isso ocorre nos países colonizados e recolonizados. Mobilização, e enfrentamento continuam sendo motes dentro do país gigante e nauseado pela deseducação, como é lamentavelmente com o nosso país. Libertar o gigante Brasil das amarras da libertinagem política é remédio amargo a ser ministrado ao frágil povo, que ocupa um nicho irrespirável no que tange a alienação trabalhista, e social. A pirâmide precisa ser invertida. 

O que se torna palpável mesmo é assistir o aniquilamento social de seres humanos, que transitando em um parque cravado no coração de um subúrbio carioca, foram transmutados em material humano desgovernado, debaixo das "patas vis da pobreza programada", que se esparrama em um espaço urbano criado para o bel prazer da governança, que viaja ao exterior quando quer, que sorve a alimentação, que desejar, e manda e desmanda, sem nenhuma forma de consulta popular do que deve construir ou programar. Até quando?

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Catar latinhas, morar nas ruas, não é Fake News. Portanto não podemos mais deixar que a casuística política do pão e circo exerça sobre nós, o povo, sua maliciosa força de montagem imperiosa e impositiva que mantém a estrutura imóvel em sua pequenez que privilegia uma elite burguesa cruel e mantenedora da escassez da maioria.

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