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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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A estupidez em estado puro

"Sabemos todos que um psicopata, quando acuado, é capaz de reações violentas. Nesta segunda-feira de estupidez em estado puro, Jair Messias tornou, de maneira nada velada, a ameaçar um autogolpe", afirma o jornalista Eric Nepomuceno, questionando se as Forças Armadas apoiam o plano golpista de Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
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Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia

Embora a estas alturas seja certeza absoluta que ninguém, absolutamente ninguém, a não ser ele mesmo, é capaz de superar Jair Messias na hora de disparar estupidezes, surpresas acontecem.  

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É que em termos de estupidez, o Ogro psicopata que habita o Palácio da Alvorada continua conseguindo se aprimorar a cada dia.

Nesta segunda-feira, por exemplo, ele dedicou quase 22 minutos para falar com os apoiadores arrebanhados que esperam toda manhã e toda tarde pela sua palavra na porta da residência presidencial.  

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Entre uma estupidez e outra, mentiu como sempre, já que se trata de um mentiroso compulsivo. E demonstrou que, entre as tantas características de seu caráter, a ingratidão continua ocupando lugar de destaque.

Falou dos cilindros de oxigênio enviados da Venezuela pelo governo de Nicolás Maduro para Manaus, coisa que seu general ministro da Saúde foi incapaz de fazer.  

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Só que em vez de agradecer, aproveitou para criticar o presidente venezuelano e dizer que já não há cães nas ruas de Caracas porque foram todos comidos pelo povo esfomeado.  

Pouco antes, a outro fanático havia insistido em criticar o governo de Alberto Fernández, da vizinha Argentina.  

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Só não criou novos problemas diplomáticos porque é impossível piorar o ambiente externo do Brasil.

O desequilíbrio de Jair Messias alcança patamares mais elevados a cada dia, a cada declaração sua.  

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Agora, aquela que era “a vacina do Dória” passou a ser do Brasil. Só que o Brasil continua sem saber quando e como será vacinado.  

O general da ativa Eduardo Pazuello, que o Ogro dizia ser um alto especialista em logística, conseguiu armar tamanha confusão nos voos de entrega da vacina que vários governadores que tinham ido ao aeroporto de suas capitais voltaram para casa de mãos abanando.

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Para culminar a disparada de estupidezes, Jair Messias reiterou a necessidade do tal tratamento preventivo.  

Será que ele não ouviu, ou não foi informado, que a diretoria da Anvisa, e até mesmo o almirante que ele aboletou na cadeira de presidente da agência, expressando, de maneira claríssima, que não existe tal tratamento e que as únicas medidas eficazes são a vacina e o isolamento social?

O fiasco criminoso do governo e principalmente do ministério da Saúde, encabeçado por Pazuello, cuja incapacidade é gritante, tornou indiscutível a cumplicidade tanto dele como principalmente de Jair Messias na morte de parte significativa de 210 mil brasileiros.      

Há sinais palpáveis de que o Ogro se sente, além de derrotado pelo esperto – porém hábil – governador João Dória, acuado.

Que ele e sua quadrilha familiar toquem seguidamente no tema do impeachment mostra que temem essa possibilidade, e por mais que o presidente trate de comprar – literalmente, comprar – apoio na parte mais putrefata do Congresso, o risco existe e cresce conforme cresce o drama das mortes causadas pela pandemia.

Sabemos todos que um psicopata, quando acuado, é capaz de reações violentas. Nesta segunda-feira de estupidez em estado puro, Jair Messias tornou, de maneira nada velada, a ameaçar um autogolpe.

Lembrou que “ainda” temos liberdade, e advertiu que “tudo pode mudar”. Disse também, e com ênfase, que não é a Constituição, mas as Forças Armadas, quem decide se o país viverá uma democracia ou uma ditadura.

Diante tanto das ameaças de Jair Messias como da atuação patética do general Pazuello, o silêncio omisso, a estranha inércia do alto comando militar começa a ser motivo de preocupação.

Será que seus integrantes concordam com o que diz o presidente?

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