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Deyvid Bacelar

Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP)

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A fake news da Folha

"O interesse privatista do jornal esconde que as estatais brasileiras tiveram lucro de R$ 197 bilhões em 2023", aponta Deyvid Bacelar

A fake news da Folha (Foto: Reuters/Sergio Moraes | Reprodução)

A Folha de S. Paulo publicou um editorial no último domingo (25) que, ao contrário dos princípios do bom jornalismo, utiliza o recurso da mentira e da manipulação de informações para atacar empresas estatais e defender privatizações, em especial da Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Com falsos argumentos, o editorial rouba do leitor o direito de se informar corretamente. Não é à toa que o ímpeto neoliberal da Folha se lance contra as  três maiores estatais brasileiras, que juntas tiveram lucros de R$ 170 bilhões no ano passado, contribuindo para a geração de riqueza para o país, criando emprego e renda para o trabalhador.

A Petrobrás é a maior contribuinte do país, desempenhando relevante papel na economia. Em 2023 a empresa recolheu aos cofres públicos R$ 240 bilhões em tributos e participações governamentais no Brasil. Esses recursos são fundamentais para financiar políticas públicas, impactando positivamente a sociedade como um todo.

O interesse privatista do jornal opta pela mentira, ao dizer que o conjunto das estatais é “custosamente mantido sob o comando do Estado”. E esconde que as estatais brasileiras tiveram lucros somados de R$ 197 bilhões em 2023, dos quais 49 bilhões foram para a União na forma de dividendos e participações.

Em seu editorial, a Folha exalta privatizações neoliberais fracassadas, sem mencionar, claro, casos mais recentes, como a entrega, a preço de banana, da Eletrobrás, de refinarias da Petrobrás, o desastre de Mariana e Brumadinho (MG) da Vale, ou o apagão provocado pela Enel no serviço de energia de São Paulo.

Com expedientes duvidosos, que muito se assemelham a fake news, o jornal paulistano violenta o direito democrático à boa informação.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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