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Cássio Vilela Prado

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A fantasia subterrânea de "grand monde"

A dizimação dos mais pobres é cotidiana, dentre eles, a maioria do povo brasileiro: trabalhadores rurais e urbanos, pequenos empresários (falidos ou em estado de falência), funcionários públicos, profissionais liberais honestos... A cada dia, Temer, porta-voz e capitão do campo (e da cidade), descaradamente, a serviço dos mais ricos, abre o seu arsenal de maldades, sem piedade

Imagem para artigo A Fantasia subterrânea de grand monde, de Cássio Vilela Prado (Foto: Cássio Vilela Prado)
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Pouco a pouco, o Estado de Exceção implantado no Brasil com o Golpe Parlamentar-midiático de 2015/2016, vai assentando-se e tornando-se algo natural, estranhamente real.

E esse é o grande problema, produziram uma nova realidade sociopolítica travestida de uma verdade que paulatinamente afirma a sua verossimilhança, embora invertida, qual seja, o que aqui se erigiu (Golpe) se tornou alguma coisa trivial, banal e legal.

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A dizimação dos mais pobres é cotidiana, dentre eles, a maioria do povo brasileiro: trabalhadores rurais e urbanos, pequenos empresários (falidos ou em estado de falência), funcionários públicos, profissionais liberais honestos... A cada dia, Temer, porta-voz e capitão do campo (e da cidade), descaradamente, a serviço dos mais ricos, abre o seu arsenal de maldades, sem piedade.

Enquanto isso, sob o pretexto da autonomia entre os Três Poderes da República, o nosso Judiciário lava compulsivamente as suas mãos, remetendo a Justiça a um Executivo saburroso e ao Legislativo Federal comprovadamente emporcalhado e imoral em sua tez anímica.

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Exemplo disso é a mais recente denúncia de corrupção do escroque Temer enviada pela PGR (Procuradoria Geral da República) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que, por sua vez, foi dirigida para julgamento pela "ilibada" Câmara dos Deputados, completamente vulnerável ao "cash escuso" do Presidente-Cover denunciado.

Enquanto isso, o Judiciário Medieval de Curitiba segue com a sua missão Lawfare de condenar o ex-presidente Lula, mesmo com fartas provas contrárias ao seu propósito.

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São tantos documentários no acervo da História da Civilização aos quais assistíamos (cinemateca infindável) – de Zorro, Robin Hood. Tio Patinhas e Rim-Tim-Tim a Marighella, Che Guevara, Edward Snowden e Mandela – desde a mais tenra idade e que vibrávamos quando a Justiça era feita, que parece um absurdo aceitarmos tacitamente a barbárie que se apoderou em nossas vidas atuais. Inclusive na sua que se acha riquinho (a), pois se os bens materiais, socioculturais, educacionais, subjetivos, etc, são revertidos e concentrados nas mãos de poucos, o sintoma social da violência pode engoli-lo (a) nos semáforos das grandes metrópoles ou nas chancelas do campo.

Sem falar nas importantes aulas de Filosofia, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Literatura e nos arquivos historiográficos escritos que talvez a maioria dos estudantes não gostava, haja vista que "essas matérias não têm nada a ver comigo ou com o meu curso". Verdade, tudo indica que o curso que escolheu é aquele que supostamente é o mais rentável e que, imaginariamente, o torne mais poderoso, mais nada.

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Essa lassidão moral e mental na qual se encontra grande parte da população brasileira não deixa de ser um desmentido da nostalgia moral dos tempos áureos de nossas vidas que não voltam mais. Embora vibrávamos com a Justica sendo feita pelos nossos heróis infantis nas sessões de cinema de domingo ou com gênios da nossa civilização como Freud, Marx, Kant, Nietzsche, Lévi-Strauss, Fernando Pessoa e outros, com quem identificávamos, hoje, de forma entristecida e covarde, elegemos novos heróis tortos: políticos, juízes, promotores, patrões, atrizes, cantores (as)...

O que foi feito com aquela criança, com aquele adolescente, com esse adulto que iria mudar o mundo? O "mundo mudado" é esse que foi forjado para nós brasileiros?

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Para aonde foi aquele sorriso alegre e feliz que saía de nossas faces as sextas-feiras depois das aulas do colégio ou da faculdade? Depois do cinema de domingo, antes de dormir após as cantarolas da mamãe ou das historinhas contadas pelo papai, nosso verdadeiro herói?

É mesmo essa realidade cotidiana de hoje que sonhávamos para nós, nossos filhos e nossos netos?

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Não. Não pode ser!

Ou, conforme o grande compositor e cantor brasileiro, Cazuza: "as ilusões estão todas perdidas/Os meus sonhos foram todos/vendidos/Tão barato que eu nem acredito/Eu nem acredito/Que aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo)/Frequenta agora as festas do 'Grand Monde...'"?.

Não, não pode ser....

O nosso ideal do ego de Justiça Social foi larapiado pela efemeridade subterrânea society do "Grand Monde"?

Reproduzimos aquilo que, ingenuamente, combatíamos?

Oh cocheiro de Cinderela... Pare a carruagem que eu quero descer!!!

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