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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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A farsa e a verdade

"Que eu saiba, só contrabandistas, milicianos, traficantes e fraudadores de impostos perambulam por aí fazendo negócios com dinheiro vivo", diz Eric Nepomuceno

(Foto: Pixabay | Reprodução)
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Por Eric Nepomuceno, para o 247

Em menos de um mês teremos eleições neste país destroçado. Os pouco mais de 156 milhões de eleitores – uma vez e meia a população do México, mais de três vezes a da Argentina – irão eleger presidente, senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais.

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As pesquisas continuam indicando Lula como franco favorito, mas também indicam que diminuíram as possibilidades de uma vitória no primeiro turno. Indicam também que tanto Jair Messias como os outros, em especial Ciro Gomes e Simone Tebet, não têm tanto espaço para alçar vôo.

Então é hora, mais que nunca, de recordar um dos aspectos – e apenas um – da grande farsa que este nosso pobre país vive.

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Jair Messias e seu bando disseram o tempo todo que em seu governo não havia nem haveria corrupção. De repente, o desequilibrado mandatário passou a admitir que eventualmente poderia acontecer um caso aqui, outro acolá, mas tudo seria combatido.

Pois vamos lá, mergulhar na memória e insistir no presente.

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Memória, alguma memória:

Um rufião chamado Ricardo Salles, quando ministro do Meio Ambiente, foi denunciado – não aqui, mas nos Estados Unidos – como conivente (e haja conivência!) com exportação de madeira ilegal justamente para aquele país, a troco de “benefícios ilícitos”.

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A denúncia foi formalizada, e não aconteceu nada com ele. Continua aí, todo pimpão, candidato a deputado federal por São Paulo.

Houve o caso da cobrança de um dólar por cada dose de vacina contra Covid vendida para o governo. Jair Messias foi devidamente informado, e não fez nada. A compra acabou não acontecendo, e a propina acabou não sendo dada, mas não por ação do governo: por denúncia da oposição.

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Ou seja: se dependesse de Jair Messias, tudo bem, propina dada, vacina paga e que não seria recebida, porque o que pediu propina nem de longe podia assegurar a sua entrega.

Mais? Pois tem muito mais.

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Exploradores da miséria e da dor alheia, autonomeados pastores evangélicos impregnados no ministério da Educação pediam propinas que iam da compra de milhares de bíblias a grana pura e direta a troco de liberar recursos previstos por lei para municípios. E o então ministro disse que tais pastores tinham sido “sugeridos” por Jair Messias para atuar em nome no ministério mesmo não tendo sigo nomeados.

Melhor nem mencionar o tal “Orçamento Secreto”, que distribui milhões e milhões sem controle algum a troco de apoio eleitoral não só para Jair Messias, mas para a corja que integra um dos mais imundos e abjetos Congressos de todos os tempos, a começar por Arthur Lira.

E agora explodiu de vez a farsa da tal “honestidade” de Jair Messias e família. Ou a cambada (incluiu filhos, irmãos, irmãs, excunhados e até a falecida progenitora do verme) pagou imóveis em dinheiro vivo, ou quando foi por transferência bancária o valor declarado foi muito menor que o valor de mercado.

Até aqui, ao menos que eu saiba, só contrabandistas, milicianos, traficantes e fraudadores de impostos perambulavam por aí fazendo negócios com dinheiro vivo.

Pois a Imobiliária da quadrilha Bolsonaro também.

Já disse aqui, repito: nunca, em minuto algum da minha vida, sequer supus que iria chegar onde cheguei vendo meu país mergulhado em semelhante lodo, e tendo na presidência semelhante estrume.

O mais grave é ver, segundo as pesquisas, que ao menos 30% dos brasileiros são capazes de votar em semelhante imundície.

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