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Dante Lucchesi

Professor Titular de Língua Portuguesa da Universidade Federal Fluminense (UFF)

13 artigos

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A Folha de São Paulo revela o movimento do grande capital financeiro

"Seu alegado “pluralismo” não passa de um tosco biombo, onde se aninham os discursos que negam o racismo e proclamam o mais sectário conservadorismo"

Flávio Bolsonaro e Lula (Foto: Reuters/Carla Carniel | Reprodução | Pedro França/Agência Senado)
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O comportamento editorial do jornal a Folha de São Paulo explica por que uma aberração como Bolsonaro é o presidente deste malfadado país e é, outrossim, o retrato fiel de uma elite econômica atrasada, tacanha e mesquinha, que só mostra alguma competência na exploração desenfreada dos trabalhadores e na apropriação do patrimônio público. Sim, porque a Folha, o Globo, Estadão, Veja, Globo e toda mídia corporativa nada mais são do que os porta-vozes dos maiores corruptos deste país, os grandes capitalistas, sobretudo do setor financeiro, que saqueiam o patrimônio público, praticando uma agiotagem desenfreada e corrompendo o Estado e as instituições. Essa é grande corrupção que nunca aprece na mídia, que a Lava Jato nunca combateu (aliás, favoreceu). A mídia capitalista fulaniza a corrupção, para encobrir a grande corrupção e fazer dessa farsa um instrumento de perseguição política, como se fez a granel no circo da Lava Jato.

Mas a Folha elevou aos píncaros essa desfaçatez e indignidade, ao dar palanque para Flávio Bolsonaro caluniar o presidente Lula. É isso mesmo que você leu! Flávio Bolsonaro, o desprezível 01, o senador das rachadinhas, o homem que comprou vários imóveis em dinheiro vivo, para encobrir a origem suja desses recursos, e transformou uma loja de chocolate em lavanderia do dinheiro auferido com a corrupção e com o crime organizado das milícias cariocas, com as quais mantém relações promíscuas e notórias. Sim, foi a essa “reserva moral da nação” que a Folha concedeu um espaço generoso, para que esse mequetrefe caluniasse o presidente Lula. É mequetrefe sim, porque Flávio Bolsonaro é, no mundo da corrupção, um punguista de transporte público, aquele que bate a carteira de um passageiro distraído no ônibus. E só não é processado e preso porque seu pai aparelhou um judiciário corrompido e submisso, que vive para servir às oligarquias e auferir regalias cada vez mais imorais e escandalosas do Estado.

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É evidente que não foi um artigo de opinião, foi uma sequência de calúnias indecentes e imorais, de uma criatura cuja miséria intelectual só é superada por sua miséria moral. Desmascara-se assim a grande falácia do “pluralismo” da Folha. Seu alegado “pluralismo” não  passa de um tosco biombo, onde se aninham os discursos que negam o racismo e proclamam o mais sectário conservadorismo e buscam criminalizar os movimentos sociais. Mas agora a Folha se superou e foi “promovida” de porta-voz do grande capital financeiro a porta-voz das milícias e das rachadinhas.

Na verdade, essa associação da Folha ao crime organizado revela um movimento do grande capital financeiro, que tenta fortalecer o bolsonarismo, para impedir a vitória de Lula, diante do fiasco da mal denominada “3ª via”. Mais uma vez, fica cristalinamente claro que o grande capital financeiro e os oligopólios midiáticos farão qualquer coisa, até a aliança com as milícias e comandos paramilitares (como já fizeram em 1964), para manter sua orgia financeira, se locupletando com os recursos públicos e com a exploração desumana dos trabalhadores. Para satisfazer sua voracidade e apetite insaciável, a elite escravocrata e racista do atraso até topa reeleger um governo que foi responsável pela morte de mais de 600 mil brasileiros, está devastando a Amazônia e o Cerrado, levou à miséria e a fome dezenas de milhões de trabalhadores, estimula o extermínio dos povos indígenas e quilombolas, a chacina da população negra, LGBTQI+, o feminicídio e colocou o Brasil na condição de pária mundial.

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Mais do que nunca os setores progressistas e democráticos da sociedade brasileira devem estar atentos a esses movimentos e fortalecer a frente ampla em torno da candidatura do maior líder político da atualidade, o presidente Lula, mas, acima de tudo, é preciso fortalecer a mobilização popular, porque só o povo unido e mobilizado poderá impedir a continuidade do fascismo e do atraso.

*Sociolinguista e autor do livro Língua e Sociedade Partidas (Contexto, 2015).

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