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Túlio Ribeiro

Economista, pós-graduado em História Contemporânea, mestre em História social e doutorando em Desenvolvimento Estratégico pela UBV de Caracas. Autor do livro A Política de Estado sobre os recursos do petróleo, o caso venezuelano (2016). Autor participante do livro A Integração da América latina: A História, Economia e Direito (2013)

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A 'Grande Israel', dominação, apartheid e guetos

A realidade que se apresenta no oriente médio, nos remete a ideia que Israel não apenas ambiciona garantir seu Estado e aprisionar os palestinos na sua concepção de espaço, mas realizar o objetivo de constituir a 'Grande Israel'

A realidade que se apresenta no oriente médio, nos remete a ideia que Israel não apenas ambiciona garantir seu Estado e aprisionar os palestinos na sua concepção de espaço, mas realizar o objetivo de constituir a 'Grande Israel' (Foto: Túlio Ribeiro)
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A realidade que se apresenta no oriente médio, nos remete a ideia que Israel não apenas ambiciona garantir seu Estado e aprisionar os palestinos na sua concepção de espaço, mas realizar o objetivo de constituir a 'Grande Israel'. Em meio a superação deste capítulo na história, a busca não é apenas pela' terra prometida ao povo escolhido', mas se debruçar num projeto mais amplo de anexar uma grande quantidade de territórios.

A tese elaborada pelo jornalista Oded Yinon em 1982 para periódico hebreu 'Kivunim', foi revisitada em 2006 pelo coronel reformado Ralph Peters que colocou o título de 'Fronteiras de sangue, que aspectos fariam um oriente melhor'. A finalidade do plano Yinon é reconfigurar o mundo árabe-muçulmano se valendo de dificuldades étnicas a partir das diferenças entre sunitas e xiitas. Na prática a intensão é gerar um colapso generalizado, permitindo à Israel expandir-se, anexando territórios e se transformando em potência regional.

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Os aspectos que podem servir como exemplos se aclaram com a guerra ao terror(2001), guerra do Líbano(2006), invasão da Líbia (2011), guerra civil da Síria (2011-atual) e guerra do Iêmen(2015-atual/Irã-Arábia Saudita). Este estratagema possui um objetivo econômico, a abertura de uma nova rota do petróleo diretamente para Europa e fracionamento do poder das reservas. Esta demanda dos EUA e União Europeia busca excluir os custos inseridos no Golfo Pérsico ,tanto pelo gasto bélico como pela distância.

Neste contexto de reordenamento, o Iraque seria o cerne da questão pois deveria ser dividido em três nações: curda ao norte, sunita ao centro e xiita ao sul, utilizando as linhas de etnia e religião. A Síria, constantemente bombardeada pela aliança EUA-Israel-terroristas perderia uma parte do nordeste para os curdos, enquanto que os iranianos a faixa de beira-mar ao norte no Golfo Pérsico.

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No que diz respeito ao oriente médio atualmente, a seara que urge é a palestina e o genocídio promovido por Israel. Tel aviv matou, e segue matando deliberadamente milhares de palestinos, uma limpeza étnica com objetivo de incorporar seus territórios. É uma patologia que afronta a humanidade o conceito absorvido por alguns, de que um povo é o escolhido e portanto superior aos outros. Mesmo não sendo a totalidade da população, esta retórica é utilizada para tentar justificar que o mundo tem uma gene semita. Dentro desta concepção se insere crimes contra os palestinos, destruição de aldeias e cultivos bem como demolição de casas.

A construção de muros é o puro espelho do sistema de apartheid, assassinatos seletivos se alternam com uso desproporcional da força, um modelo que usa cotidianamente a repressão aos direitos de autodeterminação. A Faixa de Gaza é o campo de concentração do século XXI, impedem acessos a saúde e medicamentos, um verdadeiro gueto onde os militares israelenses controlam a entrada mínima de água e alimentos.

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Somente neste dia 14 de maio, as tropas feriram 1700 pessoas e mataram mais 37 no protesto contra instalação da embaixada dos EUA em Al-quds (Jerusalém), assim como no bloqueio aos palestinos na tentativa de retornar as suas terras . Em outra ordem de ideia, 60000 judeus estadunidenses vivem na Cisjordânia que ocupam ilegalmente. O gás é usado até por drones, enquanto balas letais atingem a população.

Alguns discursos utilizados pelos judeus culpam o 'ódio à Israel' e não os atos do Estado hebreu. Argumentos se apequenam ao tentar justificar a exposição dos assassinatos, ao nível de cobrança que o mundo exige da ética e da moral em caráter desproporcional com outras nações. Um devaneio! Encontra-se ainda um grupo que tentar legitimar o governo genocida de Bejamin Netanyahu alegando que foi eleito. Eufemismo, que traz à luz de que os governantes de hoje se aproximam dos conceitos nazistas do século passado. Neste mar de contradição o rabino israelense Ysroel Dovid Weiss , recupera a dignidade da história de superação do povo judeu ao denunciar o óbvio:

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Diante deste cenário de uma geopolítica de terror, as circunstâncias apontam que pior do que um 'Estado' genocida é um 'Império' genocida, com a tutela estadunidense. Neste aspecto, as Nações Unidas deveriam repudiar o gueto que foi transformado a Faixa de Gaza, e sua possibilidade de ser o paradigma para uma dominação regional por Israel. A questão central é alterar a concepção de grupos judeus, que assim como os nazistas na segunda guerra pensavam, ser um povo superior. A solução origina-se no apoio mundial pela libertação dos palestinos, mas impreterivelmente contar com ajuda da população judia para derrubar sua administração genocida. Assim pode-se afastar o sionismo , do racismo, do apartheid e do nazismo. A História não merece este capítulo.

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