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David Nogueira

Professor e jornalista, foi dirigente da CUT, da CNTE e ex-secretário de Comunicação do PT/RO; membro do diretório PT/RO

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A grande mídia e as omissões da guerra

Não são poucos que se revelam incomodados com a forma cosmética com que a grande mídia europeia tem realizado a cobertura jornalística da guerra na Ucrânia

Presidente Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters)
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Não são poucos que se revelam tristes e incomodados com a forma cosmética com que a grande mídia europeia tem realizado a cobertura jornalística da guerra na Ucrânia. 

Em primeiro lugar, cumpre destacar a CONDENAÇÃO a ser feita à invasão RUSSA. 

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Nada, absolutamente nada, justifica a guerra, a morte e a destruição de um país por outro.

Isso vale para qualquer parte do mundo.

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A guerra é o momento mais escrachado, vexatório e grotesco de nosso fracasso como sociedade dita civilizada.

Todo nosso REPÚDIO à guerra patrocinada pela RÚSSIA.

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Sob a clareza desse ângulo, passemos a outros fatos perturbadores.

Salta aos olhos a forma pouco profissional, apaixonada e submissa com que grande parte da mídia europeia aceitou (e aceita) a narrativa americana da absurda guerra na Ucrânia.

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Os quadros atuais de imagens aterrorizantes, da destruição de cidades inteiras e de mortes em nada diferem dos patrocinados pelos Estados Unidos mundo afora, com o objetivo de derrubar Governos, semear o caos, destruir economias e de se apropriar de riquezas locais.

Segundo o livro "MATANDO A ESPERANÇA: Intervenções Militares dos EUA e da CIA desde a Segunda Guerra Mundial", o escritor William Blum (com prefácio de Noam Chomsky)  descreve, com riqueza de detalhes, um rastro de terror sempre ignorado (e/ou tolerado) pela Europa submissa.

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Em menos de três décadas, os governos americanos (segundo o autor) patrocinaram, com sangue, treze operações de mudança de regime:  Iugoslávia, Afeganistão, Iraque, Haiti, Somália, Honduras, Líbia, Síria, Ucrânia (2014), Iêmen, Irã, Nicarágua, Venezuela.

A cada análise feita pela mídia da atual Guerra  (desprezando a raiz do problema, sem nomear todos os atores responsáveis, sem denunciar a submissão e a omissão dos líderes europeus) deixamos de buscar a verdade e nos afastamos da solução do problema.

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Os grandes interesses da geopolítica americana, em sua grande maioria, estão distantes dos interesses da Europa. Então, por qual razão aceitar ser instrumento desse objetivo predador?

A retomada do comércio internacional, por fora do uso obrigatório do dólar, provocará um terremoto nos EUA e tal realidade está na base da instabilidade semeada por Washington, particularmente, com China, Rússia e suas áreas de influência. 

A decisão pelo comércio em moedas alternativas de países como a China, Rússia, Índia, Arábia Saudita entre outros representa uma revolução e um passo importantíssimo na transformação do mundo em um necessário espaço "multipolar", obrigatoriamente mais democrático e seguro.

É fundamental ir mais fundo e responder: quem ganha e quem perde com uma guerra prolongada na Ucrânia?

Por quais razões tal realidade acontece?

Quem ganha e quem perde com a "ampliação das fronteiras da guerra"?

Para finalizar, quero deixar, como sugestão, a leitura do texto do Professor Boaventura Santos, da Universidade de Coimbra (publicado por "Outras Palavras", no último dia 07 de abril), com o título "Três Guerras e o Futuro do Planeta".

Com seu habitual talento, o professor descreve o contexto da Guerra Militar; da Guerra Econômica; e da Guerra Midiática com os respectivos efeitos devastadores na manipulação social.

A guerra precisa parar, pois estão a semear ódios e a ceifar vidas únicas. 

…e se fosse as nossas casas destruídas, as nossas escolas arrasadas, os nossos sonhos banhados em sangue????

A Europa não pode ser instrumento de manipulação dos interesses americanos, muito menos capitular diante dos horrores da guerra... qualquer guerra!

A invasão da Ucrânia não começou em 20 de fevereiro. Foi um processo ocorrido com a pacata conivência dos governantes do Velho Continente em relação, entre outras coisas, às pautas belicistas da OTAN. 

Há que sentar, focar nas causas verdadeiras, negociar e encontrar saídas.

Quanto à grande mídia (sustentada pelos interesses americanos), a sociedade necessita exigir mais pluralidade, qualidade e transparência. Somente desta forma, ela cumprirá o seu papel. 

Urge buscar a verdade, desmascarar covardes, revelar omissos e irresponsáveis dentro de um processo criminoso, no qual os únicos inocentes são os cidadãos e cidadãs da Ucrânia.

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