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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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A insanidade de Bolsonaro e da direita brasileira

"A insanidade de Bolsonaro é apenas a expressão mais escrachada da insanidade da direita brasileira, do seu modelo neoliberal, que privilegia a los banqueiros em detrimento da massa a população", afirma o colunista Emir Sader

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Então é isto o que a direita tem para propor pro Brasil? Fez tudo o que pôde, perdeu quatro eleições, apelou para um golpe disfarçado de impeachment, condenou e prendeu o Lula sem provas, difundiu a imagem da mamadeira de piroca, deu cobertura para todas as ilegalidades pelo Judiciário, tudo para derrotar o PT e impedir o retorno do modelo que tinha feito a economia brasileira voltar a crescer e as desigualdades sociais diminuírem.

E elegeu o seu candidato. Por mais que disfarcem com palavras ambíguas, os grandes órgãos da mídia brasileira, o grande empresariado e o Judiciário, promoveram a eleição do único candidato de que dispunham para derrotar o PT. Não podem voltar sobre suas palavras e atitudes, que os condenam inapelavelmente.
 

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 “The Economist” constata a insanidade de Bolsonaro, descreve comportamentos destrambelhados dele, como se resumisse tudo a isso: uma pessoa insana. Hitler também foi considerado insano. Mas isto explica o nazismo? Há milhões de políticos insanos. Mas como uma nação como a alemã se deixou levar pela insanidade de um líder e compactuou com uma política insana, com campos de extermínio de massas? Foi preciso uma elite dominante insana, que precisasse de um líder insano.

Aqui também. “The Economist” não diz quem elegeu um político insano, que não saiu do anonimato, mas de mais de três décadas de mandatos insanos, para colocá-lo na presidência do Brasil. “The Economist” não fala da política economia insana, que precisa de um governante insano, para sobreviver.

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“The Economist” só fala de uns malucos e fanáticos que o apoiam, mas não menciona o apoio, explícito ou calado, do grande empresariado brasileiro. Teria que dizer que esse apoio se deve à política econômica neoliberal do insano Bolsonaro.

Falam como se a insanidades de Bolsonaro não estivessem claras antes, quando ele homenageou o maior torturador do Brasil ao votar pelo golpe contra Dilma, quando ele ameaçou a Maria do Rosário da forma mais grosseira possível. Ele sempre fez a apologia do golpe militar e da ditadura, da tortura, sempre disse que teriam que ter matado a milhares de pessoas. Tudo isso e muitas coisas mas não eram insanas? Não o invalidaria para ser candidato a presidente do país e ter sido eleito pela direita para presidir o país?

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Apesar disso tudo, não era insano, servia para derrotar o PT, não importa se fazia a apologia da tortura e da ditadura, não importa se tratava as mulheres da pior forma possível, não importa se ameaçava matar a adversários. Era útil, servia para o neoliberalismo, “The Economist” não o achava insano. A direita brasileira não o achava incompetente e indigno para governar.

A insanidade de Bolsonaro é apenas a expressão mais escrachada da insanidade da direita brasileira, do seu modelo neoliberal, que privilegia a los banqueiros em detrimento da massa a população. Que faz a apologia do mercado em detrimento dos serviços públicos, que agora salva a vida das pessoas.

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Não houve maior insanidade no Brasil nestes tempos do que a prisão e a condenação do Lula, para impedi-lo de se tornar presidente do país e estar hoje cuidando dos brasileiros. 

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