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Marlon Marques

Mestre em História Social Pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Membro do Laboratório de Economia e História (Lehi) e do Núcleo de Estudos sobre Capitalismo, Poder e Lutas Sociais (Necap)

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A institucionalização da caça às bruxas

A perseguição ideológica está a pleno vapor no mais novo projeto ditatorial do Brasil. O maior alvo por enquanto é o estratégico Ministério da Educação. Responsável por gerir e promover as políticas educacionais, a pasta está sendo composta por militares de alta patente e principalmente especialistas em técnicas militares

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A perseguição ideológica está a pleno vapor no mais novo projeto ditatorial do Brasil. O maior alvo por enquanto é o estratégico Ministério da Educação. Responsável por gerir e promover as políticas educacionais, a pasta está sendo composta por militares de alta patente e principalmente especialistas em técnicas militares. As supostas nomeações técnicas encobrem coronéis e tenentes que conhecem muito pouco os problemas educacionais e que não tem nenhuma formação que os habilite como gestores de postos chaves da administração.

Coadunado com a nova composição ministerial, o projeto Escola Sem Partido volta a ser discutido no fim do recesso parlamentar. É provável que com a força dos 100 dias e com a nova base bolsonarista, o projeto tenha mais sucesso do que na legislatura passada. Com a nova lei e a junta militar que toma de assalto o MEC, está pronto o caldo inicial para a caça às bruxas. Ela deve começar asfixiando economicamente as posições contrárias ao governo. Cortes de bolsas científicas e verbas de custeio estão por vir e terão como pretexto o redimensionamento do estado, o esforço para equilibrar as contas públicas e, claro, a despetização ou limpeza ideológica. Porém, no encalço está a iniciativa do governo de abafar as críticas e os casos de corrupção e para isso é preciso amordaçar não só a imprensa, mas os intelectuais.

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Os economistas não ortodoxos, sociólogos, filósofos, historiadores serão os primeiros atingidos pela avalanche da ignorância, mas restará também para qualquer um que ousar dizer o que o governo não quer ouvir. As previsões catastróficas de antes da eleição aos poucos vão se concretizando e o lado tenebroso da perseguição política chega a galope. De toda forma, os instrumentos são construídos aos poucos, de forma sorrateira, silenciosamente, para não despertar a atenção internacional ou uma reação imediata.

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