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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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A má fé em cascata ronda e ameaça sociedade

É urgente que se mude os rumos políticos e sociais antes que caiamos numa guerra civil sem consequências

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Duas coisas são perturbadoras nesse momento no Brasil.

Uma delas é o princípio denuncista no qual se assentam a mídia e setores da sociedade brasileira. A outra é a onda oportunista e imoral da superficialidade com que muita gente acredita rápida e fanaticamente nos engodos que se despejam como dejetos fétidos de TVs, e rádios emporcalhantes da realidade.

Nenhum grupo, sejam comunidades, igrejas, famílias e empresas, sai correndo a denunciar erros, imoralidades e deslizes éticos de seus membros.

Pelo contrário, o espírito de sobrevivência leva como primeira medida a proteção das pessoas visadas, com o objetivo de preservar a imagem do próprio grupo. Muitas vezes até a comunidade acoberta os erros, quer seja na esperança de salvar e ajudar as pessoas que deslizam, quer na intenção de preservar a entidade, evitando prejuízos para todos, principalmente aos inocentes.

A única ressalva, aliás, muito ruim porque desumana, dá-se por parte de quem não se compromete com os objetivos e com o próprio grupo. Esses, muitas vezes com baixa ou zero moralidade, jogam nos ventiladores os dejetos e chagas de quem egoisticamente desejam atingir e destruir. Sem ética e formação buscam prejudicar e até quebrar para sempre as imagens das pessoas que erram, não raro com muito sofrimento por parte das atingidas.

A mídia dominante inegavelmente se preserva e cuida dos seus donos e dos que lhe são servis. Seus funcionários e jornalistas são ameaçados e, se alguns deles, têm alguma convicção crítica e honestidade, esses valores são abafados como parte do cumprimento dos maus propósitos de mal informar e deformar a opinião pública.

Da mesma forma os partidos de direita e neoliberais são fortemente blindados pela mídia, suas mazelas e crimes, geralmente brutais contra a sociedade e o Estado, que odeiam em preferência ao mercado corrupto e corruptor, são protegidos mutuamente com unhas e dentes. Basta verificarmos a história para constatarmos que desde sempre os chefes dos bandos de direita nunca descuidaram de suas seguranças e de suas falsas moralidades.

Parece-me que cuidar da proteção da imagem interna dos grupos é naturalmente humano, a menos para os desequilibrados e mal intencionados.

Tanto é assim que as empresas mediáticas escondem seus crimes e seus criminosos. Um grande grupo não presta conta de suas sonegações de impostos nem de sua história escabrosa com os crimes da ditadura. Outro não conta que seu proprietário foi expulso pela esposa, que trocou os segredos das fechaduras para que ele não entrasse em casa. Um grande canal de TV esconde que conseguiu estabelecer-se graças a muito dinheiro do tráfego de drogas da Colômbia. Famosa revista não conta que ajudou a ditadura a prender e a matar gente porque sabe que isso depõe contra a ética democrática. Outro poderoso jornal nega que emprestou seus veículos e prédios para prender, torturar e matar oposicionistas à ditadura sanguinária.

Enfim, os donos da mídia não são limpos e, por isso, ocultam suas barbaridades para se proteger.

Da mesma maneira agem os altos figurões dos partidos de direita e neoliberais. Muitos de seus escalões envolvem-se com o tráfego internacional de drogas, como é o caso do famoso helicóptero preso e desparecido de uma fazenda em Minas Gerais. Também não mencionam as propinas que seus chefes esconderam ao vender gigantescas estatais do povo brasileiro e negam envolvimento em desvios de vultosos recursos públicos na compra de trens, metrôs, ônibus, empreiteiras e com abertura de contas em paraísos fiscais. Ninguém conta que cabeças desses partidos viajam para se entender com os que fazem guerra de rapina, que destroem democracias e líderes populares pelo mundo com o claro objetivo de golpear o Brasil e sua soberania.

Protegem-se como bois na tropa, mas não respeitam o Brasil e as lideranças do povo que odeiam, sem o respeito necessário ao nosso maior de todos os grupos e nossa mais bela comunidade, o Brasil e o seu povo.

Mas o que acontece? Os grupos mal intencionados tentam, como indivíduos de má fé, desconstruir as imagens de nossas lideranças honradas, porque não têm compromissos com o bem comum e com o que é de todos e para todos. Protegem-se egoisticamente, mas assacam pedras contra o País.

Daí a borrasca desce como correntezas em tempestades direto nas mentes dos menos informados e conscientes, que compram toda a sujeira que veem nas televisões, leem nos jornais e revistas, todas sob a direção e propriedade dos imorais que vendem mentiras.

Nosso povo não teve tempo de se organizar e de se educar politicamente na defesa da verdade e de nosso País. Por isso, mal canalizando a revolta que todos devemos cultivar contra as injustiças, por causa do ódio irracional que toma conta de todos nas famílias, nas igrejas, nas comunidades, no transporte público, nas ruas, nas salas de aula, nas palestras, em toda a parte, as pessoas levianamente repetem o que a mídia e a direita discursam, distribuindo ódio e mal querença em todas as direções.

É preciso denunciar a fonte de tudo isso. É urgente que se mude os rumos políticos e sociais antes que caiamos numa guerra civil sem consequências.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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