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Tiago Barbosa

Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com passagem por jornais de Pernambuco

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A mídia brasileira esconde a China para servir à agenda imperialista

O desprezo some na genuflexão ao norte global com a vassalagem até de matérias sobre ruas nos EUA e a realeza britânica

Presidente da China, Xi Jinping (Foto: Florence Lo / Reuters)

Há apenas um ou outro correspondente fixo da mídia corporativa brasileira no maior parceiro comercial do país, a China.

E é uma vergonha.

Não há cobertura jornalística permanente sobre costumes, cultura, artes, tecnologia, religiosidade, a vida prosaica e real do país.

Não há matérias habituais capazes de criar identificação entre os dois povos porque a ponte é negada pela omissão da imprensa.

A lacuna assusta sobretudo nesses dias de acordos entre os países sem a dimensão devida ao brasileiro privado diariamente da informação e do conhecimento.

A ausência afasta, desinteressa, e produz um paradoxo vexaminoso ao jornalismo avesso a quem mais negocia com o Brasil.

O desprezo some na genuflexão ao norte global com a vassalagem até de matérias sobre ruas nos EUA e a realeza britânica.

Nas eleições estadunidenses, uma emissora de TV do Brasil bancou caravana para “conhecer” o eleitor do país estrangeiro e contou até com repórter ao lado de uma urna na rua - em desafio claro ao ridículo.

Nada justifica o desequilíbrio a não ser a subserviência ideológica a uma agenda colonizada pela viralatice histórica de endeusamento à propaganda ocidental.

Chega da estreiteza - mental, cultural e midiática.

O Brasil soberano, plural e livre para o mundo implora por novos horizontes - e o oriente soa convidativo à nossa grandeza.

Apesar da pequenez da mídia - a mordaça ideológica de uma elite do atraso.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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