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Hélio Rocha

Repórter de meio ambiente e direitos sociais, colaborador do 247

119 artigos

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A Nova Rota da Seda e a prosperidade mundial

Saindo de uma pandemia e buscando superar conflitos entre países, o mundo tem na iniciativa do Cinturão e Rota uma perspectiva única de harmonia e prosperidade

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Publicado na China Radio International

Num mundo em que a capilarização da economia ainda sofre com entraves das grandes potências mundiais, é importante lembrar o principal projeto não ocidental e multipolar de relações comerciais hoje no mundo: a iniciativa do Cinturão e Rota, lançada pela China em 2013, mas efetivamente internacionalizada na última década. Em 2022, 149 países assinaram documentos de cooperação do programa com a China. Isso representa, mais de 60% dos países do mundo.

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Celebrar os cinco anos da iniciativa do Cinturão e Rota é pensar no desafio que segue latente, de construir novas alternativas econômicas ao mundo, capazes de libertar de um modelo exclusivista e centralizado, que é a dita “globalização” ocidental, mais de uma centena de países.

Desde 2017, vários acordos e cooperações foram firmados, resultando em avanços jamais experimentados por nações extremamente vulneráveis, tais como a construção do Porto de Mombasa, no Quênia; uma zona industrial em Addis Abeba, na Etiópia, e uma linha férrea cruzando a Nigéria e conectando-se à fronteira com Níger, abrindo caminho ao mar para esse país, cercado por terra. Na Ásia, o aeroporto de Valena, nas Ilhas Maldivas, é uma obra vital para a economia do país, já que se trata de um território insular.

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Na América Latina e o Caribe, tomaram parte na Iniciativa 19 países, a saber: Panamá, Trindade e Tobago, Suriname, Antígua e Barbuda, Dominica, Bolívia, Guiana, Uruguai, Costa Rica, Venezuela, Granada, El Salvador, Chile, República Dominicana, Cuba, Equador, Barbados, Jamaica e Peru. O Chile, inclusive, foi um dos primeiros países a firmar com a China um memorando de entendimento de cooperação do Cinturão e Rota. O projeto chileno é o mais ousado da América, que inclui o estabelecimento de programas de intercâmbio com a Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, para desenvolver tecnologias de informação, carros elétricos, economia digital, tecnologia 5G e energias limpas, firmando uma aliança estratégica para inovação, a exemplo do que ocorreu no Vale do Silício americano ou na região de Shenzen, na China.

O princípio da Iniciativa do Cinturão e Rota é o que mais atrai os países. Não se trata de estabelecer relações com a China, o que seria o modelo centralizador já vigente nas relações entre o dito “terceiro mundo” e as potências mundiais. Neste caso, a China trabalha para ser um agregador de interesses, o ponto de encontro entre nações com diferentes necessidades e ofertas, de modo que elas próprias negociem entre si para chegarem aos contratos que lhes são mais favoráveis.

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Oferecendo-se como mediadora dessas relações, a China torna-se, claro, uma importante referência para aquisição de bens e serviços, portanto sai ganhando com a Iniciativa. Porém, os países são igualmente beneficiados por esse ambiente de negócios, gozando de mais liberdade e equidade. Desta forma, é alcançado um dos pilares da diplomacia chinesa: a doutrina de “ganha-ganha”, isto é, a percepção de que o crescimento econômico e as prosperidades só são perenes quando o avanço é conjunto. Tal situação diminui os níveis de ressentimento e animosidade nas relações entre os povos, o que aumenta o grau de cooperação, colaborando para a construção de relações pautadas em outro princípio basilar da sociedade chinesa: a harmonia.

Com cinco anos completos desse evento que, no futuro, pode vir a ser estudado como um marco na economia mundial, a Iniciativa do Cinturão e Rota mostra-se um farol que ilumina o caminho para a paz mundial e a economia saudável.

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Como mostra-se notório, mesmo os conflitos armados hoje existentes no mundo têm fundo nas dificuldades dos países em construírem relações econômicas conjuntas. A substituição da dominação pela cooperação afigura-se mais eficaz na construção dos acordos bilaterais e transnacionais, visto que não almejam conquistar outro país para usufruir da exclusividade de trocas comerciais, mas estabelecer ambiente de negócios em que, se todos os atores são iguais, nenhum tem interesse em obter ganhos insidiosos uns sobre os outros.

Para um mundo que passou por uma pandemia, e tem uma economia a reconstruir, esse princípio pode ser a única saída, pois uma cooperação internacional em rede, e não vetorizada até um ponto central, permite que pequenas ajudas se multipliquem e façam a reconstrução a pequenos tijolos, mais livres de amarras, ao contrário de um só rico provedor colocar a casa de pé, mas exigir pelo resto dos dias a subserviência do beneficiado.

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Seguindo seus princípios milenares de relações internacionais, a China pode e vai construir um cenário global de relações harmônicas e prósperas para os outros países no mundo.

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