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Jose Carlos de Assis

Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

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A picaretagem do BID para forçar a reforma da Previdência

O relatório do BID sobre a Previdência brasileira é produto do mais deslavado oportunismo político. Por quê sai justamente agora, quando entra em votação o projeto de Paulo Gudes? Claro que não é coincidência. Foi encomendado

A picaretagem do BID para forçar a reforma da Previdência (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
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O Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, acaba de divulgar um infame relatório em defesa da reforma da Previdência no Brasil, recorrendo a um conjunto de dados que chegam à ousadia de predizer quanto será o custo dos nossos aposentados em 2065. Isto é uma empulhação, uma fraude intelectual. Infelizmente, concorrem para o relatório economistas brasileiros que não passam de carreiristas que se amoldam ao neoliberalismo para garantir seu emprego extremamente bem remunerado em instituição estrangeira.

Não há nenhuma consideração para com o interesse nacional genuíno. Tudo é ideologia. Instituições como BID e Banco Mundial, comandadas pelos Estados Unidos, há muito perderam seus objetivos de ajudarem os países pobres a se desenvolverem. Agora nada mais são que agências de política econômica para nivelar o mundo à globalização e à ideologia neoliberal. É justamente por isso que temem o Banco dos BRICS, que em tese pode vir a ser uma grande fonte de financiamento externo alternativa sem condicionalidades políticas.

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O relatório do BID sobre a Previdência brasileira é produto do mais deslavado oportunismo político. Por quê sai justamente agora, quando entra em votação o projeto de Paulo Gudes? Claro que não é coincidência. Foi encomendado. E é do tipo que ou faz o relatório favorável à reforma ou cai fora da representação brasileira no BID. Como é gente sem caráter, capaz de vender o Brasil por 30 dinheiros, entrega a encomenda. E isso é apresentado ao país como posição de uma grande agência internacional imparcial.

Essa situação faz lembrar o papel do Banco Mundial no Haiti, o país mais pobre do mundo, nos anos de Clinton. O Haiti tinha uma plantação razoável de razão, o principal produto autóctone. O Banco Mundial, sob inspiração do governo americano, decidiu que era preciso liberar as importações de arroz em favor de um mercado livre. As importações dos próprios Estados Unidos mataram a produção local. O Haiti se tornou importador de arroz. Foi uma situação tão escandalosa que Clinton pediu desculpas pelo "erro". Quem pedirá desculpas se a reforma previdenciária de Guedes passar?

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