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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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A Polícia - O poema da morte

A Polícia... Não abre mão da ação violenta Do gás de pimenta, da bomba cruel. E desce a ladeira da dignidade Descendo a madeira e cuspindo pro céu

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A Polícia...

Não teve pena da jovem ferida
Na bala perdida que ela disparou.
Não teve pena do sangue inocente
Do sonho emergente que ela derramou.
Não teve dó daquele estudante
Que o seu punho arrogante fez questão de abater
Não teve dor na consciência, não teve a decência de não abusar do poder.

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A Polícia...

Não abre mão da ação violenta
Do gás de pimenta, da bomba cruel.
E desce a ladeira da dignidade
Descendo a madeira e cuspindo pro céu.
E tá lá, mais um corpo estendido no chão.
Mais um cidadão a agonizar
Se era inocente ou algum meliante, um suposto flagrante vai identificar.

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A Polícia...

Ela serve ao estado, um sistema engendrado
Que usa o soldado para ao povo conter
Emprega a tortura, impõe ditadura
Um modus operandi pra prevalecer
Ela quer te mostrar que a bala de borracha
Procura e acha qualquer direção.
O agente é tão imprudente, que dispara e não sente que é como a gente e também sofre a pressão.

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Polícia? Socorro!
Polícia! Se eu corro...

Ela estava na escola, ele jogava bola
Eles iam felizes pra comemorar.
Como é que vai ser? Não dá pra entender!
Ela é pra proteger ou é pra nos matar?
Ela estava rendida, mas foi agredida
Um tapa na cara e os direitos no chão
Pera lá! Somos todos iguais, somos todos mortais, braços dados, fardados ou não.

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A Polícia...

Só mete o pé na porta, onde a dignidade já está morta
Ela sabe que a esperança é remota, no lar que ela pode invadir
Sai pela janela, pelo morro, pelo beco, pela viela
Entra em qualquer favela que o manual da opressão a faz reprimir.
Mas, nos jardins ela sabe que não manda
Se equilibra e até anda de banda, pois na grama não pode pisar
Pede licença e nem mesmo se importa, se o dono da casa as vezes lhe enxota
Pois sabe que está em outro patamar.

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A Polícia...

Ela pegou mais um preto, suspeito perfeito
Falou que o mal feito é dele e acabou.
Marcou o seu peito, deitou-lhe ao leito
Cobriu com a bandeira que o excludente hasteou.
Até quando, tanta impunidade o céu da cidade ainda terá que abrigar?
Até quando, Deus? Piedade!
Nós já conhecemos a verdade, mas ela não quer nos libertar.

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