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Flávia Lima

Redatora e jornalista com mais de 20 anos de experiência em assessoria política e redações de capitais e Interior – jornais, revistas, rádio e tevê. Colagista nas horas vagas.

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A quem interesse a cara de deboche do Bonner?

Por que esse ar hipócrita de superioridade ante à classe política? Logo ele, representante de um telejornal envolvido em todos os lances da política?

William Bonner (Foto: Reprodução)
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Tem uma expressão no Ceará que muito me agrada: “respeite as caras”. Agrada, eu penso, ao povo brasileiro em geral, que tira forças pra sobreviver, diariamente, do amor, do ódio e do medo da dor. Agrada, de fato, todo mundo, mesmo àqueles que não levam uma vida assim tão dura.

Por isso, me desagrada a cara de deboche e as micagens cínicas do William Bonner no Jornal Nacional, enquanto entrevista os políticos que concorrem à presidência da República nas próximas eleições.

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E não me importa se fez isso com Ciro Gomes, em quem não pretendo votar, mas merece respeito como todo ser humano; não me importa se agiu assim com Bolsonaro, em quem (cruz credo) jamais votarei. A questão é: qual o objetivo? Por que esse ar hipócrita de superioridade ante à classe política? Logo ele, representante de uma emissora, de um telejornal envolvido das caras às calças em todos os lances da política? Qual mensagem subliminar quer passar com essa encenação? Que os políticos são indignos de respeito? Por que? Para que a população se torne cada vez mais indiferente à política? A quem interessa isso? Ao neoliberalismo.

Penso nos filmes de John Wayne, em que os japoneses eram sempre muito maus, então era permitido e mesmo desejável matar muitos japoneses. Os espectadores ocidentais, sobretudo os norte-americanos, torciam para que eles morressem. E, assim, tornaram-se indiferentes e, quem sabe, até alegres, quando tantas mortes reais foram produzidas cruelmente pelos EUA contra soldados e civis no Japão. Este exemplo não é o único. A comunicação de massa presta-se a isso desde sempre.

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Seria Bonner um John Wayne moderno, nos insuflando ao desprezo à classe política, como Datena e outros de sua linhagem têm nos conduzido a odiar os pobres, com suas coberturas policiais tendenciosas e a mensagem nem tão subliminar de que “bandido bom é bandido morto”?

Ora, se nenhum político é digno, então deixemos a política por conta do véio da Havan, do dono da Multiplan, dos chefões das emissoras de tevês e de outros homens brancos bem nascidos. Vamos nos distrair com os vídeos de bichinhos no Facebook enquanto eles falam de golpe no Telegram.

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