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Rodrigo Neves

Ex-prefeito de Niterói

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A Reconstrução do Rio

“Há saídas e futuro para o Rio, mas não podemos errar”, destaca o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves

Rio de Janeiro, covid (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
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Publicado originalmente no jornal O Globo

Os anos recentes têm sido dramáticos para o Rio : perdemos mais de 700 mil empregos com carteira assinada e milhares de empresas fecharam ou saíram daqui. O desemprego — o maior do país — e a perda de renda são uma realidade em quase todas as famílias. Nossos jovens e crianças estão sem aulas há praticamente dois anos e os resultados do ENEM mostram que a qualidade do ensino do estado do Rio foi uma das que mais caiu no Brasil. 

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A falta de coordenação por parte do governo do estado e o negacionismo produziram o maior nível de letalidade da pandemia no país. A violência crônica e a expansão acelerada do domínio de territórios pelo crime organizado, sobretudo o tráfico e a milícia, demonstram a completa perda de autoridade do Estado. 

Essa grave crise, a maior da nossa história, tem várias causas, mas remonta a formação do Estado, primeiro com a mudança da capital federal para Brasília em 1960 e depois a fusão autoritária, abrupta e sem planejamento de 1975. De lá para cá perdemos 35% de participação no PIB brasileiro e despencamos de 2º para 7º lugar em empregos na indústria de transformação. Uma trajetória de décadas de esvaziamento econômico, desorganização urbana e aumento da criminalidade, agravados nos últimos anos. O despreparo, a omissão e o radicalismo, além do loteamento político do Estado, ampliarão a crise — mesmo com o alívio fiscal momentâneo decorrente da privatização da CEDAE. 

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Há saídas e futuro para o Rio, mas não podemos errar. Precisamos na prática de refundar o Estado do Rio, pactuando junto ao próximo Presidente da República o pleito de garantir o status de cidade federal ao Rio — como outros países fizeram com ex capitais — trazendo para cá Ministérios que têm relação com a capitalidade carioca que persiste como por exemplo na Cultura, Turismo, Defesa e Energia. 

Modernizar a administração estadual, reequilibrar estruturalmente as contas públicas, colocar em prática um forte programa de integridade e prevenção à corrupção, fazer uma gestão orientada para resultados, construir um Plano Estratégico Participativo que induza o desenvolvimento do interior e da região metropolitana para integração do território estadual.

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Implementar complexos industriais e de serviços em parceria com o setor privado, em áreas que o Rio tem vantagens extraordinárias como por exemplo o da Saúde e de óleo e gás. Fortalecer nossa liderança no audiovisual, entretenimento, inovação e tecnologia.

Iniciar logo em 2023 um amplo programa emergencial para criação de frentes de trabalho e renda básica para os mais pobres, um "new deal ecológico", com ações em especial nas áreas de reflorestamento, saneamento, habitação de interesse social e transporte público. O foco da próxima administração estadual deve ser a geração de emprego e renda, a educação em tempo integral — os CIEP's 2.0 , a modernização da gestão da saúde pública e o restabelecimento da autoridade no campo da segurança pública. É essa a agenda que precisamos implementar para resgatar a esperança de milhões de cariocas e fluminenses no futuro do estado do Rio.

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