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A Ressurgência do "Sol Negro" como ator político

Jovens incorporados a ações como o "Nazional-sozialiste Untergrund" serão tratados como desajuste individual, ocultando a ressurgência fascista

(Foto: Reprodução)
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Os fascistas, nazistas, estão entre nós. Mesmo  contra toda a evidência de tratar-se de um atentado fascista engendrado contra as forças populares, as polícias - da Argentina, claro e as daqui seguirão nesta mesma toada - vão caracterizar o responsável pelo ato,  como (1.) Psicopata ou sociopata afetado por alguma "doença mental" e (2.) como um ato isolado, um "lobo solitário".

Contra todas as evidências que Fernando Montiel seguia sites e fazia postagens típicas dos neonazistas, de sua militância extremista, começaram já a circular as versões visando "desintoxicar" a praxis nazista do perpetrador. A doença mental passa à limpo a radicalização fascista.

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Surgirão as explicações em torno das forças do "esoterismo" apolítico  e da fragilidade de provar os vínculos do terrorista com uma vasta "Galáxia Neo-fascista(nazista), em torno da Internacional de Malmø, opções transformadas por meio de tatuagens  em parte do corpo físico de Fernando. Mesmo as leituras de Julius Evola, os prints de sites neonazistas, serão descartados na investigação. É, ainda uma vez, a "Síndrome Breivik", relativa ao neonazista norueguês - Anders Breivik - que matou 77 jovens em 2011. Da mesma forma, a lassidão e descaso históricos da polícia Argentina com os neonazistas - vide Caso Amia e o atentado contra a Embaixada de Israel em buenos Aires, o primeiro com 85 mortos, em 1994, e o segundo com 25 mortos, também em 1994, com seus nexos nazismo/fundamentalismos - apontarão para o aventureirismo/individualismo do perpetrador. Um doente, afinal, seria incontrolável e a polícia sempre pode evocar o risco de realizar uma sociedade a "Minority Report" ao se ocupar das conspirações fascistas, embora mantenha-se atenta aos movimentos populares como "inimigo interno".

As próprias declarações de Fernando Montiel, em posts seguidos, de ser um militante "cristão" (sic!) e a sua vasta frequência da "cena neonazi" digital não serão suficientes para iniciar uma  investigação real sobre as fontes financeiras e políticas do atual nazismo digital.

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Nunca devemos esquecer que Heinrich Himmler, o poderoso controlador  do Reichsichereitshauptamt - a máquina de repressão do Terceiro Reich - era um esotérico, com visões "pagãs" do Nacional-Socialismo e fantasias de cavaleiros da Távola Redonda no Castelo de Wewelsburg. 

O "esoterismo" pagão ou cristão são parte de uma poderosa ala dos fascismos, de forma crua com Himmler ou refinada com Julius Evola - autor fascista italiano citado por Fernando Montiel.

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O que não se pode negar é a "Ressurgência" (melhor do que o temo "Neo-fascista", posto não haver fundamentalmente nada de novo nos atuais "legionários" do Schwarze Sonne)  da maré fascista como fator político incontornável em qualquer análise dos Extremismos atuais e, ainda, seus atores como risco imediato para a Democracia. "Desajustes" mentais  e anomia serão sempre aventados como a causa do Mal-Estar presente, transformando uma questão social em um problema de indivíduos, como apertaria Wright Mills. 

Os jovens incorporados a ações como o "Nazional-sozialiste Untergrund" serão sempre tratados como desajuste individual, ocultando o nome do "mal-dito", aquilo que se oculta à luz do dia: Ressurgência fascista.

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Hoje vemos o "Centro Político " desabar, e as Direitas Democráticas serem engolidas por força  centrípeta da Ressurgência dos Fascismos. Este, de tão presente, desequilibra as agendas atuais, permitindo o desavergonhamento do racismo, da falocracia e da misoginia.

Nós, que trabalhamos com as Direitas extremistas, os fundamentalismos e os Fascismos somos tomados por um sentimento de urgência de explicar e debater os Extremismos do tempo presente. O que era um ofício acadêmico, de uma História passada, emerge no nosso tempo como uma reedição ( daí "Ressurgência" ) dos horrores de 1922, na Itália, e 1933, na Alemanha.

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O medo ao nome, as restrições mentais e políticas de reconhecer a Ressurgência dos Fascismos como o mais grave fenômeno político mundial, acabará por cobrar um preço impagável pelas Democracias contemporâneas.

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