A Revolução Cidadã tem de retornar ao poder
Luísa González, candidata à presidência do Equador é favorita. E a sua vitória é imprescindível para América Latina

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Parece exagero, mais não é. Desde 2017 o Equador não tem na presidência da República mandatário que se preocupe verdadeiramente com a população mais pobre e com os trabalhadores. É preciso afirmar que a América Latina é uma região que vive situação de capitalismo dependente e, portanto, que necessita ter governos que coloquem o Estado à frente para que as realizações imprescindíveis ao povo aconteçam, fundamentalmente para as populações indígenas e em diversos setores, sobretudo, na Saúde e Educação. Veja, por exemplo, como a pandemia atingiu a população mais pobre do país. Foi um episódio trágico.
Luísa Gonzáles, nesse sentido, é a opção mais acertada para os eleitores. Ela é herdeira política do ex-presidente Rafael Correa e, por conseguinte, sucessora da Revolução Cidadã. O processo eleitoral equatoriano foi manchado pelo assassinato de Fernando Villavicencio, candidato conservador e inexpressivo, mas que se notabilizou pela permanente perseguição a Rafael Correa. Villavicencio não tinha chance alguma de vencer, mas, a sua morte foi fundamental para o surgimento de uma situação desconfortável a todos que seguem no pleito. De certa forma também desestabilizou a candidatura de Luísa. Guillermo Lasso, o banqueiro presidente, desprestigiado pela população, aproveitou para decretar estado de exceção, o que limita direitos, mas amplia seus poderes.
Ela não terá vida fácil. Luísa tem enfrentado os desafios da campanha com coragem e, por isso, tem sofrido ameaças de morte. Mas qual é a relação entre a vitória de Luísa Gonzáles e os benefícios à América Latina? Nesse caso e necessário ressaltar dois aspectos. Primeiro, o Equador foi alvo da sanha imperialista dos EUA ( fundada na Doutrina Monroe)desde a saída de Correa da Presidência e, com a simpatia de Lenin Moreno. Vale lembrar que Moreno foi vice de Correa, mas quando se tornou presidente mostrou de fato que representava antítese do correismo.
E, depois, a vitória eleitoral de Luísa Gonzáles representará maior união da esquerda na América Latina. Essa parte do mundo passaria a ter oito líderes do mesmo campo ideológico (guardadas as devidas proporções). São eles: Lula, do Brasil e Gabriel Boric, Chile, Nicolás Maduro, da Venezuela, Luís Arce, Bolívia, Gustavo Petro, Colômbia e, por enquanto, Alberto Fernández, Argentina e Irfaan Ali, Guiana e, assim, Luísa Gonzáles, do Equador. Algo que, sem dúvida, fortalecerá o protagonismo do presidente Lula na região.
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