A Revolução Cidadã tem de retornar ao poder

Luísa González, candidata à presidência do Equador é favorita. E a sua vitória é imprescindível para América Latina

(Foto: Reprodução)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Parece exagero, mais não é. Desde 2017 o Equador não tem na presidência da República mandatário que se preocupe verdadeiramente com a população mais pobre e com os trabalhadores. É preciso afirmar que a América Latina é uma região que vive situação de capitalismo dependente e, portanto, que necessita ter governos que coloquem o Estado à frente para que as realizações imprescindíveis ao povo aconteçam, fundamentalmente para as populações indígenas e em diversos setores, sobretudo, na Saúde e Educação. Veja, por exemplo, como a pandemia atingiu a população mais pobre do país. Foi um episódio trágico. 

Luísa Gonzáles, nesse sentido, é a opção mais acertada para os eleitores. Ela é herdeira política do ex-presidente Rafael Correa e, por conseguinte, sucessora da Revolução Cidadã. O processo eleitoral equatoriano foi manchado pelo assassinato de Fernando Villavicencio, candidato conservador e inexpressivo, mas que se notabilizou pela permanente perseguição a Rafael Correa. Villavicencio não tinha chance alguma de vencer, mas, a sua morte foi fundamental para o surgimento de uma situação desconfortável a todos que seguem no pleito. De certa forma também desestabilizou a candidatura de Luísa. Guillermo Lasso, o banqueiro presidente, desprestigiado pela população, aproveitou para decretar estado de exceção, o que limita direitos, mas amplia seus poderes.

continua após o anúncio

Ela não terá vida fácil. Luísa tem enfrentado os desafios da campanha com coragem e, por isso, tem sofrido ameaças de morte. Mas qual é a relação entre a vitória de Luísa Gonzáles e os benefícios à América Latina? Nesse caso  e necessário ressaltar dois aspectos. Primeiro, o Equador foi alvo da sanha imperialista dos EUA ( fundada na Doutrina Monroe)desde a saída de Correa da Presidência e, com a simpatia de Lenin Moreno. Vale lembrar que Moreno foi vice de Correa, mas quando se tornou presidente mostrou de fato que representava antítese do correismo.

E, depois, a vitória eleitoral de Luísa Gonzáles representará maior união da esquerda na América Latina. Essa parte do mundo passaria a ter oito líderes do mesmo campo ideológico (guardadas as devidas proporções). São eles: Lula, do Brasil e Gabriel Boric, Chile, Nicolás Maduro, da Venezuela, Luís Arce, Bolívia, Gustavo Petro, Colômbia e, por enquanto, Alberto Fernández, Argentina e Irfaan Ali, Guiana e, assim, Luísa Gonzáles, do Equador. Algo  que,  sem dúvida, fortalecerá o protagonismo do presidente Lula na região.

continua após o anúncio

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247