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Jeferson Miola

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A russofobia da mídia hegemônica na crise da Ucrânia

"A cobertura que a mídia hegemônica faz da crise na Ucrânia é alarmantemente viciada, além de claramente racista e preconceituosa", aponta Miola

(Foto: Mike Segar/Reuters)
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“Na guerra, a primeira vítima é a verdade” - Autoria desconhecida

A cobertura que a mídia hegemônica faz da crise na Ucrânia é alarmantemente viciada, além de claramente racista e preconceituosa.

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Os meios de comunicação em todo mundo são meros repetidores dos mantras russofóbicos fabricados em Washington para instrumentalizar a guerrilha geopolítica e ideológica das “forças do bem”, a civilização ocidental, contra a “força do mal” – os russos, caucasianos e eurasiáticos.

Em geral, a mídia não só é subserviente ao “release único” escrito em Washington, como também é indigente e desonesta. Além de omitir aspectos étnicos, históricos e culturais dos povos eslavos, também mente, estigmatiza Putin e falsifica a história.

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Na reprodução do noticiário e através de comentaristas vulgares, despreparados ou mal-intencionados, a mídia hegemônica segue omitindo, por exemplo, os antecedentes históricos da crise atual, que se localizam na farsesca revolução Maidan, que desembocou no golpe financiado pelos EUA para derrubar o governo pró-russo de Viktor Yanukovytch em 2014.

A mídia continua escondendo, também, que a Ucrânia descumpriu o Protocolo de Minsk, assinado por representantes reconhecidos das repúblicas independentes de Donetsk e Luhansk e o governo ucraniano com a fiança institucional da própria União Europeia [aqui e aqui].

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E os meios de comunicação a serviço de Washington continuam omitindo o perfil neonazista do presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky e dos agrupamentos de ultradireita extremista que apoiam o governo.

É cada vez mais conhecida a conexão entre a ultradireita neonazista ucraniana e os grupos fascistas e neonazistas no mundo e, também, com o bolsonarismo – Sara Winter e “Os 300 do Brasil”. Mas, inclusive isso também é sonegado.

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Os EUA exercem sua primazia e hegemonia informacional e comunicacional no mundo por meio do pensamento único deste jornalismo de guerra. Um jornalismo sem compromisso com a verdade factual e histórica.

Nas últimas semanas, houve a escalada desta guerra informacional para criminalizar e demonizar o presidente russo Vladimir Putin e incensar o papel dos EUA e da OTAN.

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Neste jornalismo de guerra, todos os veículos hegemônicos no Brasil – absolutamente todos, é preciso sublinhar – repetiram como papagaios o viés de análise de Washington. Não ficou de fora nem mesmo um único veículo de nenhum meio de transmissão – nas rádios, TVs, redes sociais e portais da internet.

Somente os portais da mídia independente estão desde o início da crise reportando os acontecimentos desde uma perspectiva abrangente e aberta. Não fossem estes veículos contra-hegemônicos de informação e comunicação, a população brasileira seria totalmente entorpecida com o pensamento único russofóbico.

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Em semanas de crise, pela primeira vez apareceu em um veículo da mídia hegemônica uma abordagem dissonante do pensamento único. Aconteceu só agora, nesta sexta-feira, 25/2. O portal UOL publicou entrevista em que o analista político estadunidense Andrew Korybko afirma que “o Brasil e a Ucrânia foram ambos vitimados pelas guerras híbridas dirigidas pelos Estados Unidos com o objetivo de fortalecer a hegemonia unipolar norte-americana”.

Da mesma maneira que a Ucrânia rapidamente deverá assinar a rendição a Moscou, a mídia hegemônica se verá obrigada a se render às exigências de um jornalismo plural e honesto, se quiser sobreviver no mundo multipolar que começa nascer.

Caso contrário, será enterrada junto com os escombros da ordem unipolar e imperial que está morrendo.

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