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Telmário Mota

Senador (PDT-RR) e vice-líder do governo

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A sabedoria subiu no muro

A grande derrota no dia de domingo foi a da esperança do povo brasileiro em seus representantes na Câmara Federal, isso sem dizer do espancamento público aplicado na democracia e no voto. Suas excelências deram razão às palavras de Napoleão Bonaparte: Há apenas um degrau entre o sublime e o ridículo

Brasília- DF- Brasil- 14/04/2016- Coruja sobrevoa a cerca de segurança que foi erguida para separar manifestantes pró e contra governo Dilma Rousseff, durante a votação do pedido de impeachment neste fim de semana. Foto: Ricardo Stuckert (Foto: Telmário Mota)
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Nem o Sim, nem o Não. A grande derrota no dia de domingo foi a da esperança do povo brasileiro em seus representantes na Câmara Federal, isso sem dizer do espancamento público aplicado na democracia e no voto. Suas excelências deram razão às palavras de Napoleão Bonaparte: Há apenas um degrau entre o sublime e o ridículo.

Pois no domingo passado, deputados e deputadas mergulharam fundo, e com gosto, no ridículo da mazela humana. Como se estivessem em um programa dominical de variedades, alternaram-se, um a um, com poucas exceções, na disputa pela justificativa mais imbecil para a infâmia da derrubada de uma presidenta, sobre a qual não paira qualquer acusação pessoal livre de apelo político. Animando o auditório, Eduardo Cunha, o mentor da crise. Nunca mais, quem quer que seja na nação brasileira, poderá falar da qualidade do auditório de Silvio Santos.

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Fato é que o constituinte de 88, ao copiar da Carta de 45 o instituto do impeachment, não levou em conta que a nova república teria que funcionar com um modelo partidário fragmentado, sem que a legenda do presidente eleito tivesse maioria para governar, e para o defender. No sistema, sem o apoio do Congresso, não se governa e nem se sustém. Isso foi como mover o canhão do golpe, que já houvera estado na rua, para colocá-lo dentro da própria Constituição. Como é hoje, o impeachment é lustroso canhão engatilhado e apontado para a cadeira presidencial, para o caso de a pseudobase de apoio resolver detonar o chefe do Executivo.

Eis a razão pela qual afirmo que transcorre hoje no Brasil um golpe branco, um golpe constitucional. Vejamos agora se o Senado resgata o juízo público e nos poupa de entrar para a história como uma geração golpista. De fato, no domingo, a sabedoria subiu no muro.

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