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      Dom Orvandil

      Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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      A senadora Rose de Freitas é hipócrita ou não resiste à força da verdade?

      Há que interpretar a confissão da senadora Rose de Freitas. De um lado ela não consegue segurar a verdade que, como se fosse o parto de nove meses, ameaça vir à luz, não importando em que situação se encontre a grávida. O presidente interino golpista tem consciência de que a verdade força o nascimento

      Rose de Freitas  (Foto: Dom Orvandil)

      Preado Frei Omar Aquiles, Biscucuy, Venezuela

      A senadora Rose de Freitas, do Espírito Santo, é líder do interino golpista Michel Temer no Senado.

      É praxe que as lideranças representem fielmente seus governos, defendo seus interesses e projetos nas casas onde atuam.

      Pois Rose de Freitas parece jogar para duas torcidas contraditórias. É líder do governo impostor, mas indica que o impeachment é golpe e sem respaldo legal. Que busca impor-se por interesses políticos de seus deputados e senadores, que não concordavam com o governo legítimo da Presidenta Dilma.

      Como representante do mesmo partido saco de gatos e gatunos do presidente golpista Rose joga a favor do golpe. Mas como parlamentar, mulher e integrante da Comissão do Orçamento no Senado, sabe que não houve crimes de responsabilidade e pedaladas coisa nenhuma.

      A senadora capixaba, depois de AVC que quase a matou, sinalizou reviver ao perguntar e responder numa entrevista à Rádio Itatiaia: "Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada, nada disso. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar. A população não queria mais e o Congresso também não dava a ela os votos necessários para tocar nenhuma matéria".

      Noutras palavras, a parlamentar reconhece em nome do governo que representa que a Presidenta Dilma não cometeu crimes, como os delinquentes da Câmara dos Deputados sob seu líder de igual espécie, Eduardo Cunha, e os neoliberais e corruptos do Senado querem fazer a opinião pública crer.

      Se o STF fosse composto por ministros e ministras realmente comprometidos com a justiça, com a verdade e com a democracia evidentemente interveriam para impedir a molecagem golpista dos chantagistas do Senado. Mas não, uma de suas ministras chegou a ameaçar a Presidenta Dilma de processo pelo fato de esta nominar corretamente o impeachment de golpe. Outro ministro deu palestra à revista suja Veja a favor da política econômica do interino golpista. Para não deixar dúvidas falou ao lado do funcionário justiceiro do Departamento Político de Estado Americano, o senhor Sérgio Moro, da republiqueta de Curitiba. A nota favorável ao horror foi dada, como não poderia deixar de ser, pelo ruralista nomeado pelo seu chefe partidário FHC para ser ministro do STF, o "seo" Gilmar Mendes, famoso pelo seu jaguncismo denunciado por Joaquim Barbosa. Na Suécia o direitista mor do STF admitiu ao site Cafezinho que "o processo é político, se ela [a Presidenta Dilma] tivesse cometido crime, se ficasse flagrantemente provado, que ela tivesse cometido crime, e ela tivesse 172 votos, ela também não seria processada" (leia aqui).

      Portanto há que interpretar a confissão da senadora Rose de Freitas. De um lado ela não consegue segurar a verdade que, como se fosse o parto de nove meses, ameaça vir à luz, não importando em que situação se encontre a grávida. O presidente interino golpista tem consciência de que a verdade força o nascimento.

      A circunstância é indiscutível. Internamente no Brasil somente corruptos, insensatos, neoliberais, analfabetos políticos, fascistas e golpistas chamam o golpe de impeachment em nome de crimes não acontecidos. A palavra "golpe" ganha força em todos os quadrantes, constrangendo os membros fixas sujas, racistas, machistas, brancos ricos e investigados "ministros" do denunciado e golpista Temer. No campo internacional idem. Os Países não aceitam o governo sem votos e sem democracia.

      Os ambientes interno e externo dificultam que os golpistas transitem e respirem. Não há como aguentar e sustentar o golpe sem apoio por muito tempo.

      Por outro lado, alega a senadora Rose, a Presidenta Dilma não dispunha de apoio no Congresso.

      Difícil a situação da líder do governo golpista. Se a Presidenta não tinha base no Congresso o interino golpista encontra muito suporte, mas com num Congresso contaminado por picaretas, bandidos, criminosos, fixas sujas, fundamentalistas, preconceituosos, neoliberais entreguistas, traidores e inimigos dos direitos sociais. Trata-se de um Congresso, na sua maioria, antinacional e antidemocrático.

      É aí que se desenha a desonestidade intelectual e falta de ética da senadora Rose de Freitas.

      Alega que a Presidenta não dispunha de apoio, mas não tem a honestidade de denunciar quem e porque não a apoiava.

      É como se na minha casa eu e algumas pessoas trabalhássemos honestamente enquanto outras gastassem, roubassem e desperdiçassem nossas economias. Num impasse, ao invés de eu denunciar ou resolver o problema eu optasse por achar que eu estava errado e saísse para que os malandros governassem.

      É o que propõe a líder do governo golpista. Ao invés de denunciar o covil de ladrões propõe a destruição da honestidade para abrir espaços para a política de rapina, de entrega de nossas riquezas aos assaltantes internacionais com os congressistas, que na contra mão da Nação, votariam a favor de tudo o que o golpista enviar em forma de projeto.

      Querendo enganar com um discurso hipócrita e falacioso Rose de Feitas tenta dar nó em pingo d'água avisando que a Presidenta Dilma não deve retornar ao governo para permitir, assim, que o golpe consagre seus objetivos de aprofundar a destruição do Brasil.

      Rose é hipócrita querendo atacar o Rio Amazonas de seguir o seu curso natural.

      Alertados desse discurso sujo, que usa de uma mulher recentemente saída de uma grave crise de saúde, é necessário que não contemos com o Senado, entregue aos perversos, mais do que necessário na defesa da democracia na Comissão Especial do Impeachment, no plenário e na TV Senado.

      A luta pelo retorno da Presidenta Dilma com um discurso dirigido ao Brasil, aos trabalhadores, aos setores produtivos, à soberania nacional, com reformas profundas políticas, econômicas, judiciárias, agrárias, midiáticas etc se dará nas ruas e em forma de pressões radicais como uma greve geral ainda não acontecida neste século, mobilizando amplos e todos os setores sociais, principalmente os que se enganaram gritando por impeachment e os trabalhadores que se postam silenciosos diante das novelas e telejornais da Globo, congestionando-se com seus venenos e mentiras.

      A mim Rose de Freitas não engana. O que ela tenta esconder deve ser revelado e parido com todos os choros que o nenê da verdade possa produzir.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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