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Francisco Chagas

1º vice-presidente do Diretório Municipal do PT São Paulo, ex-vereador da capital paulista e ex-deputado federal

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A soberania em risco

Os democratas sinceros precisam ter clareza que não temos um golpe militar clássico em curso, mas sim um golpe intercorporativo entre o MPF, a grande Mídia e parte do Legislativo, que incendeiam a turba fascista

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O Brasil está diante de uma verdadeira crise de soberania, o desmonte da Petrobras, da nossa engenharia, das nossas lideranças populares, da nossa defesa e da nossa democracia. São claros os atentados à soberania do nosso povo.

Quanto à crise da Petrobras, que é atribuída à corrupção, mas somente à corrupção do período do governo petista, na verdade diz respeito ao aumento da produção e oferta do produto no mercado, em especial nos EUA, que fez uso da tecnologia de tracking para aumentar de 10 para 14 milhões de barris dia em apenas 3 anos. O resultado foi que o preço do petróleo caiu em 75% nos 2 últimos anos.

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Os ataques a um governo democrático e popular eleito pela regra da democracia, e ao Presidente Lula o maior líder Político que o Brasil já produziu, com reconhecimento mundial. Os atropelos na regra legal e constitucional praticado pela Lava Jato e o MP paulista, fazem parte de uma nova modalidade de golpe branco do tipo “Paraguaio”, para conter os avanços populares obtidos nos últimos 8 anos de Lula e 4 anos de Dilma. Mas também fazem parte de uma estratégia de impedimento do Brasil de tornar-se uma potência mundial, com padrões civilizatórios superiores aqueles que hoje são dominantes em todo globo.

A História nos ensina que todas as vezes que as forças populares se aproximam dos instrumentos de Estado e buscam reduzir o abismo econômico e social existente entre a elite colonialista e as classes populares, a elite utiliza-se de um instrumento teórico chamado de patrimonialismo político, para colocar as lideranças populares na imoralidade, na ilegalidade, na clandestinidade e as afasta do aparelho de Estado.

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Não quero dizer que não haja corrupção no Brasil, claro que existe e precisa ser combatida. Todavia, é sabido que ela nunca foi tão combatida como nesse governo.

O fato é que o pacto das elites que esteve presente em 1932 com a guerra civil chamada de revolução constitucionalista, em 54 no episódio que levou Getulio Vargas ao suicídio, em 64 com o golpe que derrubou João Goulart, está presente na articulação do tripé Ministério Público\Legislativo\Rede Globo, para derrubar o governo democrático e popular que tem a frente à Presidenta Dilma.

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O mote é conhecido: Corrupção. Mas todos sabem que a corrupção é endógena e sistêmica em todo modo de produção, ampliado no capitalismo por ser um modelo que valoriza a competição, o individualismo, e o oportunismo dos agentes econômicos e financeiros como valor intrínseco ao modelo. Todos são estimulados a competição, o jeitinho brasileiro, o gol de mão na ausência do olhar do juiz, o presentinho para o filho que não estudou, o suborno do guarda de trânsito, furar a fila para atendimento, o plágio das teses acadêmicas. Poderíamos ilustrar com centenas de outras situações

Mas porque que o tema corrupção só ganha peso quando da presença das forças populares no aparelho de Estado? Porque a elite brasileira não considera corrupção se essa apropriação indevida do público for feita por ela.

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A elite considera o Estado sua propriedade privada. Portanto não há espanto quando FHC cometeu crime de Lesa Pátria na privataria do patrimônio público brasileiro durante seu governo. Gastaram dinheiro público com campanhas de desconstrução das empresas estatais que chamaram de elefantes brancos, depois gastaram 86 bilhões de dólares para sanea-las e venderam por 85 bilhões. Além disso, ninguém sabe indicar onde o dinheiro do nosso patrimônio foi parar. Grande parte, nas empresas estrangeiras. Foi uma sangria do patrimônio nacional inigualável. Ninguém foi preso. Pelo contrário vendeu-se esse crime de lesa Pátria como modernidade, como a salvação do Brasil. FHC revestiu-se de gestor moderno num caso de claro roubo do nosso patrimônio.

Creio que estamos vivenciando mais um episódio no qual a tese do patrimonialismo político está servindo como base retórica para justificar o golpe de um novo crime de lesa pátria, de nítido comprometimento da nossa engenharia, da nossa tecnologia em extração de petróleo do pré-sal, do nosso enriquecimento de urânio, do nosso programa de defesa: gripem, submarino nuclear, avião de transporte de tropas, construção do porto para o submarino e tecnologia aero espacial.

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O claro combate feito pela mídia tem intenção de devolver o Brasil a 14º potência econômica, como foi até 2002. Para isso hoje promove o ódio e a intolerância que pode até nos levar a uma guerra civil.

Não podemos mais assistir a isso como um episódio simples de xenofobias regionais, como ficou latente nas eleições que levaram ao governo Lula e Dilma.

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Muniz Bandeira disse em entrevista recente que os EUA por meio da suas agencias de segurança e ONGs vinculadas, atuam para desestabilizar governos na America Latina.

Todos nós sabemos do episódio de espionagem com a Presidenta Dilma, feitas pela NSA. Sabemos da insatisfação das grandes empresas de Petróleo com o regime de partilha para o pré-sal, da inconformidade da criação do banco dos BRICs.

Diz o nosso Historiador que a estratégia é aproveitar as contradições domésticas de cada país para agrava-las, gerar turbulência e caos, até derrubar o governo, sem recorrer a golpes militares.

O Brasil está sendo vítima de uma guerra geopolítica internacional, na qual pretende-se destruir todo o legado de 12 anos de comprometimento com o patrimônio político democrático, social, econômico, tecnológico e simbólico, que o Brasil representa nos desafios de uma nova ordem geopolítica internacional.

Os democratas sinceros precisam ter clareza que não temos um golpe militar clássico em curso, mas sim um golpe intercorporativo entre o MPF, a grande Mídia e parte do Legislativo, que incendeiam a turba fascista.

Um deputado golpista, em vídeo divulgado na internet, disse em alto e bom som, que já tem os financiadores para o golpe. A justiça brasileira deveria ser instada a saber e deter os tais financiadores que promovem um golpe de Estado e por óbvio quem está sendo financiado.

Vários articulistas falam em cooperação entre a agência americana de inteligência e o Juiz Moro, que não é o mentor, mais o chefe da infantaria desse golpe. Nossas instituições, em especial, aquelas que, tem por dever defender os interesses públicos e a soberania do nosso país, precisam estar atentas.

O golpe é  ilegítimo, ilegal e será uma injustiça inaceitável.

A reação da juventude, dos movimentos populares, das universidades, das igrejas, do movimento sindical, dos partidos democráticos  e de esquerda, de democratas sinceros, são indicações cada dia mais evidentes de uma resistência inexorável ao golpe.

Sabemos que é necessário repactuar o Brasil. Mas nenhum pacto vai prosperar se for nascido da redução de direitos e do estupro da nossa Constituição.

As forças populares não assistirão passivamente a esse golpe.

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