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Gustavo Yuri Bortoluci

Fotógrafo, sociólogo em formação, ativista político e ativista LGBTQIA+. Membro do Diretório do PDT Americana/SP

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A sustentação do medo na estrutura social

A indústria do medo é um dos principais pilares do nosso modelo socioeconômico e é endossada pelo Estado que se mostra inerte na elaboração de medidas a fim de combater esse medo institucionalizado

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O tempo todo somos levados a crer que precisamos de cercas elétricas, portões eletrônicos, circuitos fechados de tv, armas de fogo e segurança particular para nos sentirmos seguros. Mas esta não seria uma responsabilidade do Estado segundo nossa constituição? Sim, seria, porém é aqui na inação do Estado que a indústria do medo se instala e movimenta centenas de milhões de reais todos os anos e os principais problemas sociais em nosso país não se resolvem e são ainda mais agravados.

Essa indústria é extremamente astuta, pois se entranha na sociedade em todos os níveis de poder elegendo agentes públicos para defender seus interesses e garantindo a ignorância e o medo na população através das milícias, governantes e parlamentares. As milícias são formadas por policiais, ex-policiais e agentes públicos que trabalham oferecendo a famigerada segurança e serviços básicos em locais onde propositalmente o estado não age e cria uma situação de caos social e a própria milícia elege representantes no poder executivo e legislativo a fim de garantir a não atuação do estado criando um status quo para sua livre atuação, logo vemos então que a inação do estado está a serviço dessa máfia na maioria dos casos.

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O papel do Estado é eleger quem faz o trabalho sujo pela manutenção do medo na população, por sua vez o eleito é basicamente o povo preto, pobre e marginal que propositalmente não é atendido pelo Estado e justamente por viver às margens da sociedade e não ter perspectiva alguma adota a vida do crime como a única alternativa para melhorar suas condições de vida, esses são os melhores funcionários da indústria do medo, pois não têm salário nem direitos trabalhistas e aí o estado entra novamente na manutenção desse status quo, pois jamais investe na reinserção desses criminosos e os deixam à sorte do próprio destino que quase sempre é a morte. Assim, a sociedade então é instruída a crer que esses são os principais inimigos de sua segurança e dão carta branca a esse ciclo vicioso elegendo representantes que vão garantir a manutenção desse ciclo e jamais interrompê-lo, um exemplo bem claro é o atual presidente da república que hoje no país é o principal representante dessa indústria do medo, pois incita o direito da população se armar e fazer sua “própria segurança”, declaradamente apoia as milícias e tem comprovadas relações com a mesma, diz que bandido bom é bandido morto dentre outras aberrações que apenas fortalecem ainda mais o medo na população e só faz crescer o apoio a esses pensamentos catastróficos.

A população munida de conhecimento e com consciência da sua importância na construção de uma sociedade mais justa pode ter um papel importante na quebra desse status quo, cobrando do Estado políticas de segurança pública mais efetivas e jamais eleger representantes que tenham em sua plataforma a alimentação dessa indústria. É necessário que tenhamos representantes políticos que defendam atacar o mal pela raiz, criando políticas voltadas a educação e conscientização da sociedade, criando oportunidades, e, principalmente promovendo justiça social que atenda a toda população.

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Quantos ainda precisarão morrer para pararmos a indústria do medo?

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