A violência como último recurso
Tantos voltaram a ser miseráveis. Tantos nesses últimos dois anos voltaram a passar fome. No meio desses, tantos desesperados recorrem ao último grau de sua humanidade para sobreviver, a violência. E a mídia os culpa como únicos causadores de infração, roubos, aumento da violência
Tantos voltaram à pobreza depois de sentirem o gosto de ser classe média. Tantos voltaram a ser miseráveis. Tantos nesses últimos dois anos voltaram a passar fome. No meio desses, tantos desesperados recorrem ao último grau de sua humanidade para sobreviver, a violência. E a mídia os culpa como únicos causadores de infração, roubos, aumento da violência. Quando não existe saída, deixamos o humanismo de lado porque temos que sobreviver, isso se chama também humanidade, por mais que tentem esconder.
Se o Estado tem poder policial para controlar o povo, faz arrecadação dos impostos desse mesmo povo para garantir-se, ele tem que se responsabilizar pelo aumento da violência também. Principalmente no caso de um golpe que afundou o país comandado por políticos apolíticos, que venderam todos os recursos do Brasil em troca de benefícios pessoais, sem terem a mínima consciência de ser responsável por um povo inteiro, uma nação.
Está se usando a máquina do Estado: Legislativo, executivo e judiciário, como um brinquedo onde se faz o que quer em benefício de uma elite de mimados brasileiros. Contra eles, os antigos donos da casa grande, ninguém faz nada. Ainda por cima eles controlam os meios de comunicação como mais um brinquedo na roda.
Organizações internacionais pouco se mobilizam. A própria ONU, comandada pelos Estados Unidos, só intervém em casos de guerra, quando lhe convém. É desesperador o que está acontecendo no Brasil. Muito mais fácil se alienar ou botar a culpa no vizinho, que pode ser preto, pobre, homossexual, transexual, ou o próprio Bolsonaro.
As eleições estão aí, tomara que esse inferno tenha um fim, com recomeço pondo fim a esse golpe. As críticas sempre existirão, mas nunca foi tão ruim, pelo menos pra mim que nasci na redemocratização, o tempo em que estamos vivendo.
Enquanto isso, somos podados dia a dia em nossa sensibilidade seja para não ver o necessitado ou para esse tomar uma atitude contra nós que não os enxerga. É fruto desse caos social que emerge a violência como último recurso. Que é captada pelas câmeras e distorcida pelos meios de comunicação de massa. E usada por políticos como campanha em forma de fascismo. Tempos sombrios em que estamos vivendo.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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