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Roberto Malvezzi

Graduado em Estudos Sociais e em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena, em São Paulo. Também é graduado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo. Atualmente, integra Equipe CPP/CPT do São Francisco

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A volta do Q.I, isto é, quem indica

Acabar com os concursos públicos, instalar a demissão do funcionalismo público e a instabilidade no cargo, não tem nenhum gesto de grandeza ou de preocupação com o dinheiro público. É simplesmente a volta do “quem indica”

Funcionários públicos fazem manifestação; Ministro da Economia Paulo Guedes (Foto: Marcelo Pinto/APlateia | Alessandro Dantas/PT)
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Acabar com os concursos públicos, instalar a demissão do funcionalismo público e a instabilidade no cargo, não tem nenhum gesto de grandeza ou de preocupação com o dinheiro público. É simplesmente a volta do “quem indica”.

Paulo Freire, quando voltou do exílio, vinha aqui para a região de Juazeiro e costumava ficar uma semana inteira conosco. Já naquela época ele nos dizia: a direita europeia é reacionária, mas é competente. A brasileira é reacionária e incompetente. 

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Nos últimos anos houve uma profunda mudança nos serviços públicos, onde quase todos os cargos passaram a ser conquistados por concursos. Só que gerou um problema: gente pobre, vindo das periferias, conseguindo um diploma por acesso ao ensino público, e com muito talento, passou a desbancar gente despreparada que alcançava os melhores empregos públicos por indicação, já que os políticos e apaniguados do Estado já não podiam nomear ou indicar seus parentes e amigos para tais cargos.

Essa equação irritou os políticos que, além de perder o poder de nomear seus parentes e amigos, perderam também um curral eleitoral a partir do poder que detinham. 

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Sim, esse é o problema de Guedes, dos Bolsonaros, de Maia e de toda uma direita incompetente que não consegue cargo algum a não ser na base da indicação.

Guedes chamou o funcionalismo de parasitas – então, também os militares, policiais, políticos, juízes, enfim, todos que dependem do Estado? – com o objetivo de desqualificar a estabilidade e instalar a demissão por parte do Estado. Mas, ele, como ministro, então também é um parasita do Estado ao receber para o cargo que ocupa. 

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A nobreza do que está em jogo é apenas o vil interesse nos melhores cargos e no superpoder de indicar quem eles quiserem. 

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