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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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Acabou nosso carnaval. E agora, Jair Messias?

"Foi evidente a alegria fanfarrona de Jair Messias. É como se abraços e pedidos de fotos e gritos de “mito, mito!” anulassem os multitudinários gritos de protesto e ofensas que se espalharam por todo o país neste carnaval que terminou, proferidas por milhões de brasileiros", diz o colunista Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

A classe política é a culpada pelo crescimento da extrema-direita no Brasil (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia - Nesta terça de carnaval, o mais difícil é saber por onde começar: Damares Alves em Genebra? Abraham Weintraub fazendo a barba? Sergio Moro, montado em sua habitual prepotência, disparando absurdos? Jair Messias reiterando seu comportamento tresloucado? As escolas de samba fazendo um dos carnavais mais críticos de todos os tempos? 

Jair Messias perambulou de novo pela Praia Grande e pelo Guarujá, desta vez com um esquema reforçado de segurança. Andou de moto com o capacete solto, mas essa questão de violar regras e leis há muito tempo desapareceu de suas preocupações.

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O que importa mesmo é se mostrar gente como a gente. Ao menos é o que se vê na reação de quem o saúda euforicamente.

Há certos detalhes que escapam dessa identificação. Afinal, quantos dos “como a gente” cometeram irregularidades indecentes como, mesmo tendo imóvel próprio em Brasília, receber dinheiro do auxílio moradia da Câmara para, em palavras do próprio Jair Messias, “comer gente”?

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Ou, pensando bem, talvez não escapem: a idiotice generalizada que levou Jair Messias até onde ele está pode muito bem achar essa e outras imoralidades como algo normal.

Foi evidente a alegria fanfarrona de Jair Messias. É como se abraços e pedidos de fotos e gritos de “mito, mito!” anulassem os multitudinários gritos de protesto e ofensas que se espalharam por todo o país neste carnaval que terminou, proferidas por milhões de brasileiros. 

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Longe tanto de Praia Grande como do Guarujá, mas infinitamente mais sonoros que os gritos de adulação.

Bem: tivemos o infalível Weintraub em outra de suas bizarras e patéticas demonstrações de agressividade. Pensando bem, ser ofendido por ele à toa (de novo, o alvo foi Lula) pode ser considerado elogio. 

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Quanto à barba feita a navalha e transmitida por uma rede social, a única coisa que me ocorreu é que certamente um bom número de pessoas, em especial ligadas, tanto alunos como professores, às universidades federais devem ter torcido para que a lâmina resvalasse e acertasse a carótida, coisa que por sorte não aconteceu.

E teve, claro, a inefável Damares Alves em Genebra, agredindo a Venezuela. Claro que Nicolás Maduro e menos ainda os outros quase 32 de milhões venezuelanos têm muito mais com que se preocupar para dar confiança às patetices da rainha da goiabeiras. 

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Mas não deixa de ser impactante a mudança radical do Brasil nas relações internacionais. Para a senhora Alves, importante é mostrar serviço ao seu chefe. O resto que se dane.

Aliás, a senhora Damares, que tanto gosta de pregar a abstenção, bem que poderia ter seguido os próprios conselhos e se abstido de grosserias.

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E teve, como não?, o carnaval de Sergio Moro. Com sua empáfia habitual, o juizeco provinciano foi até o Ceará, convulsionado por um motim da Polícia Militar que é apoiado pelos filhos hidrófobos do presidente.

E entre uma bobagem e outra, ditas sempre com ares de quem se acha alguma coisa, disse que não havia nada fora de controle. 

Pois bem: em cinco dias aconteceram 170 mortes violentas no estado em que a polícia está amotinada. Foram 34 por dia até segunda feira. Três a cada duas horas. Tudo, portanto, sob controle.

Jair Messias passeia de moto, Weintraub faz a barba, Damares Alves fala bobagens em Genebra, Sérgio Moro dá mostras de falta de noção em Fortaleza. 

Mas já que o carnaval acabou, vale perguntar: quando saltarão à superfície as novas comprovações das enlameadas relações do clã presidencial com as milícias cariocas? 

Até quando Moro conseguirá silenciar o que insiste em vir à tona? Até quando continuará protegendo seu chefe miliciano?

   

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