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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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Acho que perdemos

O objetivo da oposição é enfraquecer o presidente Lula para que perca popularidade com pequenos recuos de posição e notas de esclarecimentos

Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Assistindo ao Ministro da Fazenda dando explicações sobre o recuo sobre a ampliação da fiscalização das operações por Pix, percebemos o quanto de amadorismo ainda persiste no governo sobre a era digital e a manipulação dos algoritmos.

Quando o próprio governo admite que houve uma “sucessão de erros políticos” na condução da medida, está assumindo que a barata está voando de chapéu Panamá, no apavoro e, aparentemente, sem direção.

Fernando Haddad diz que o governo vai se empenhar em aprovar uma medida provisória para restaurar a confiança da população no Pix. Isso soa como um enorme desgaste público desnecessário assumido pelo governo para o delírio da extrema direita.

“O estrago está feito” - disse o Ministro, apontando que possíveis medidas judiciais serão tomadas para identificar e punir os responsáveis pela divulgação de notícias falsas que fizeram com que houvesse a derrota política temporária de Lula, que ainda acredita que a GloboNews tem mais poder do que o Youtube, Facebook, WhatsApp, X e Instagram.

Para ser mais realista, nem mesmo os palanques serão capazes de derrotar o candidato do campo fascista-evangélico-ruralista em 2026, caso a esquerda não faça um upgrade na maneira de se comunicar com as massas.

O objetivo da oposição é enfraquecer o presidente Lula para que perca popularidade com pequenos recuos de posição e notas de esclarecimentos, que para a opinião pública soa como fraqueza e derrota.

Os inimigos criaram uma legião de outros inimigos de ‘existência’ artificial, que se alimentam do ócio hipnótico que nos rouba a essência da capacidade de perceber, criar, contestar e agir, tornando-nos vazios, meros consumidores de coisa nenhuma.

Assim, dessa forma, estão se alinhando para dominar o planeta com seu exército de códigos binários e guerras híbridas, num esforço conjunto de dominação e exploração.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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