Dentre os contemplados pelo Golpe de 2016, estaria o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que a partir de agora poderá gozar de uma agenda defendida por ele na eleição de 2014.
Mas não é exatamente isso que vai acontecer. Surge algo novo, não previsto pelos arquitetos da fraude concluída no dia de hoje. Dilma Rousseff não perdeu os direitos políticos. A nossa eterna presidenta poderá concorrer nas eleições de 2018. E por que não ser candidata à presidência da república?
Tendo isso em mente, o candidato “espancado” na última eleição presidencial teme em ver o “filme” se repetir no próximo pleito. Pois como o objetivo desse golpe – além de apear Dilma Rousseff do poder – é, também, inviabilizar uma candidatura do ex-presidente Lula, com a possibilidade de Dilma Rousseff entrar no jogo, a trama sofre um revés. Candidatíssimo em 2018 – mesmo com a sombra de Geraldo Alckmin -, Aécio Neves tem muito com o que se preocupar.
Reconhecido por ter sido derrotado por Dilma Rousseff e por sonhar todas as noites com os jingles eleitorais da presidenta eleita, Aécio Neves deveria recorrer ao STF contra a decisão do Senado em manter a guerreia no jogo político. Óbvio que o STF poderá decidir em favor do tucano, da mesma forma que poderá analisar a justa causa do impeachment e anular a fraude ocorrida no Senado.
Mas analisando o quadro de hoje, o único fato que poderemos dizer, com certeza, é que o som das músicas da campanha de Dilma em 2014 passaram a tocar no cérebro de Aécio num volume muito maior, dormindo ou acordado.
Qual música deve tocar com mais frequência na cabeça do neto fracassado de Tancredo Neves? “Dilma Coração Valente” ou “Não Deixe a Mudança Parar”?
Eu acredito que a resposta está no vídeo abaixo, pois essa música foi maciçamente veiculada nos programas eleitorais de Dilma Rousseff no segundo turno, justamente o período em que Aécio chegou a colocar uma réplica da faixa presidencial em si mesmo devido às pesquisas terem mostrado o tucano na frente da corrida presidencial; esse fato agregou uma dor muito grande ao senador após a derrota em 2014. Dor que o mineiro-carioca volta a sentir com muita intensidade no dia de hoje.