Afirmei que a estratégia “a la Macron” de Ciro falharia; falhará com Alckmin
Ciro Gomes, na sede de ganhar na urna, ignorou que sua força política mais expressiva é progressista. De esquerda. Tudo bem haver divergências com o lulismo e com Lula. Mas eles partilham de um credo comum: a melhoria do Brasil. Ciro não teve visão e boca pra lidar com isso
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No eixo dos presidenciáveis que tentam crescer com Lula atrás das grades, Ciro Gomes surpreendeu por dois meses e sofreu a maior decepção de sua campanha com o desembarque do chamado "Centrão". Tratam-se de cinco partidos de direita que atuam em bloco desde a Constituinte, foram anabolzados pelo MDB na Era PT e ganharam poder de achaque com Eduardo Cunha.
Ciro foi determinado a negociar com essa gente oferecendo uma promessa: entregaria a cabeça de Michel Temer e comporia com eles. O que ele não imaginava é que o Centrão o usou como joguete para aumentar o preço da negociação com Geraldo Alckmin. O tucano acha que ganhou na negociação com o pedetista, mas a realidade é que... ambos perderam.
Ganhou o próprio Centrão e os políticos bandidos que o compõem. O mesmo grupo que derrubou Dilma Rousseff de fato.
Era isso que eu queria dizer, meses atrás, sobre a falida tática "a la Emmanuel Macron".
Ciro Gomes, na sede de ganhar na urna, ignorou que sua força política mais expressiva é progressista. De esquerda. Tudo bem haver divergências com o lulismo e com Lula. Mas eles partilham de um credo comum: a melhoria do Brasil. Ciro não teve visão e boca pra lidar com isso.
Corre o risco de, sem alianças, terminar desidratado.
Vendo o golpe de Temer, quem apostar nessa direita canalha que pariu Bolsonaro, correrá o mesmo risco.
Já o PT segue forte na tática com Lula preso. Com ou sem plano B, ganhou só mantendo parcerias com quem quis se aproximar (Renan Calheiros) e manteve coerência discursiva.
O baralho eleitoral é embaralhado mais uma vez.
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