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Ajustar ou governar

Se o país vive uma crise - e é o que faz parecer as declarações dos ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo - o brasileiro precisa encontrar no governo a imagem de quem come feijão com a arroz como se fosse um príncipe

Se o país vive uma crise - e é o que faz parecer as declarações dos ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo - o brasileiro precisa encontrar no governo a imagem de quem come feijão com a arroz como se fosse um príncipe (Foto: Sócrates Santana)
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Uma boa dose de populismo não faria mal a presidente Dilma Rousseff. Ao longo desses 5 anos, o governo federal trocou a força do carisma pelo poder da caneta. As decisões são tomadas sem adoçar a boca de quem realmente importa. Não é uma questão meramente econômica. A estupidez das cifras embrutece o cotidiano, esconde a verdadeira faceta de quem acorda com a esperança de conquistar o mundo. Ao contrário, o despertador - inimigo da paz - insiste em lembrar a sensação de quem está obstinado a matar um leão por dia.

Se o país vive uma crise - e é o que faz parecer as declarações dos ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo - o brasileiro precisa encontrar no governo a imagem de quem come feijão com a arroz como se fosse um príncipe. Para ganhar o futuro e olhar os lacerdinhas pelo retrovisor, a história requer da presidente um pouco mais de sangue, suor e lágrimas. O implacável Winston Churchill diria: "Não os deixe sem isso, dê para eles, tudo o que eles merecem". E isso vale para a oposição também, inclusive, o PMDB.

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A história do populismo se confunde com a biografia dos lideres latino-americanos mais bem avaliados do mundo, entre eles, Juan Peron, Getúlio Vargas, Hugo Chavez, Luis Inácio Lula da Silva. Porém, um norte-americano, desde janeiro de 2011, resolveu incluir o seu nome nesta lista: Barack Obama. Após os republicanos roubarem do presidente democrata a maioria no Congresso e anunciar uma política de "obstrução" para travar a Casa Branca (qualquer semelhança não é coincidência), Obama deixou a conciliação de lado e resolveu impor o tom bipartidário, enfrentar os temas dos adversários e, principalmente, adotar uma postura combativa como quem evidencia os contrastes entre vermelhos e azuis. Obama não tinha outra escolha, assim como, Dilma Rousseff também não tem.

Enquanto o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diminui o poder de compra com a elevação da taxa básica de juros e a incidência de impostos sobre o preço da energia elétrica e dos combustíveis, a presidente poderia apertar os cintos dos aliados com uma pauta de cortes de cargos comissionados, gratificações, cartões corporativos e, quem sabe, ministérios. Quem conhece as finanças publicas sabe que o corte de pastas na Esplanada dos Ministérios seria uma medida cênica com pouco impacto no orçamento da União. O corte - por si só - não serviria de nada administrativamente. A questão, talvez, sirva como eixo de uma pauta provocativa, capaz de empurrar para o Congresso brasileiro a fúria de quem não ocupou as ruas, nem despertou o "gigante" com o barulho das panelas, mas, morre pouco a pouco na contramão das manifestações atrapalhando o público, como quem votou pela continuidade e só sentiu o gosto amargo das noticias impopulares.

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Sócrates Santana é jornalista, ex-assessor de imprensa do ex-governador Jaques Wagner

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