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José Luis Oreiro

Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília. Pesquisador Nível IB do CNPq, Membro Senior da Post Keynesian Economics Society e Líder do Grupo de Pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento

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Algumas impressões sobre a entrevista de Campos Neto no Roda Viva

"Nervoso e inseguro. Cresceu como vítima e defensor do tal SOCIAL do BC ao longo da entrevista!", escreve José Luís Oreiro

Roberto Campos Neto (Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura)

Eu não assisti a entrevista de ontem com o Campos Neto no Roda Viva, mas alguns economistas com quem conversei hoje tiveram as seguintes impressões:

Economista 1 :  Com respeito à entrevista do presidente do BCB, ontem, no Roda Viva. Começou nervoso, mas conseguiu defender relativamente a tese de autonomia da instituição, sempre usando o argumento teórico da credibilidade. Mas, não conseguiu em nenhum momento (tergiversou, deu voltas, mas não respondeu) por que o Brasil tem a mais alta taxa real de juros do mundo. Esse é o ponto central.

Economista 2: Na minha opinião ele não usou argumentos teóricos de credibilidade para defender somente a autonomia do Bacen. Ele se colocou por trás desses argumentos para encobrir sua insegurança. Trata-se de um mero tecnocrata, sem jogo de cintura político. Caberia como uma luva em uma assessoria técnica, não como presidente do BC.

Economista 3: Nervoso e inseguro (o papel na mão condena). Cresceu como vítima e defensor do tal SOCIAL  do BC ao longo da entrevista!

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.