Almoço de domingo

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É comum, aos domingos, que durante o tradicional almoço em família, surjam acalorados debates à mesa sobre os principais assuntos da semana que se foi. Começando, via de regra, pelo futebol, é nesse momento de confraternização que geralmente as pessoas se sentem mais à vontade para defender os seus pontos de vista em torno de aspectos políticos. Os quais estão quentes tanto no Congresso quanto no Planalto e, sobretudo, aqueles referentes às relações internacionais. Isso significa que hoje, entre talheres, comes e bebes, o cardápio argumentativo trará Brasil e Venezuela, Lula e Nicolás Maduro.
Desde já é necessário afirmar que, diferentemente do que pontuou a grande imprensa, o presidente Lula teve sim postura assertiva na forma como recepcionou Maduro e também na análise sobre a situação do país vizinho. Resumidamente, quis dizer o presidente, a Venezuela não é uma ditadura. É possível uma comparação: qualquer operação de Polícia Militar no Brasil, principalmente, quando são realizadas nas favelas de São Paulo e Rio de Janeiro, é mais repressora, autoritária e violenta do que a conjuntura venezuelana. Com tal avaliação, Lula foi coerente com o seu histórico político e, para além de tratar da questão da narrativa, Lula e o Itamaraty agiram de acordo com o protocolo diplomático.
Deixemos agora a narrativa antiesquerda da mídia brasileira de lado, para tratarmos da segunda parte negativa do encontro de chefes de Estado latino-americanos. Mais especificamente, a indelicadeza, para não dizer má educação, dos presidentes do Chile e Uruguai. Gabriel Boric caiu como um pato nas provocações da imprensa e perdeu uma ótima oportunidade de mostrar que detém algum conhecimento a respeito de comportamento diplomático. Ele preferiu criticar o anfitrião do evento ao invés de aproveitar a iniciativa para fortalecer a aliança. Falta a Boric sabedoria, algo que sobra a Lula. Quanto a Luís Lacalle Pou, assim como o presidente do Brasil, ele foi coerente com sua tradição política, mas, à direita. Como disse Lula, a união entre as nações latino-americanas é vital para que a região seja cada vez mais democrática e economicamente forte. Assim, que nesse domingo, o sabor das conversas à mesa brasileira tenha menos falsas narrativas e mais harmonia.
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