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Daniel Samam

Daniel Samam é Músico, Educador e Editor do Blog de Canhota. Está Coordenador do Núcleo Celso Furtado (PT-RJ), está membro do Instituto Casa Grande (ICG) e está membro do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT).

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Ameaça interna: disputa de poder no governo Bolsonaro pode mudar o rumo das reformas

Os embates em torno de Bolsonaro se dão entre um núcleo claramente fundamentalista, o bolsonarismo, que depende do clima de campanha permanente, de polarização, de caos, e outros três núcleos providos do mínimo de pragmatismo

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Na política, o poder é constantemente rodeado pelos que desejam tomá-lo. No caso do governo Bolsonaro, a direita liberal (MBL, PSDB, Novo, etc.) aguarda ansiosamente a oportunidade para se apresentar como solução. Mas, o perigo real são grupos de dentro do próprio governo, numa movimentação para tutelá-lo.

Os embates em torno de Bolsonaro se dão entre um núcleo claramente fundamentalista, o bolsonarismo, que depende do clima de campanha permanente, de polarização, de caos, e outros três núcleos providos do mínimo de pragmatismo.

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O primeiro é capitaneado pelos filhos e alguns ministros da esfera de influência do ideólogo da extrema-direita brasileira, Olavo de Carvalho, como o das relações exteriores, Ernesto Araújo, da Educação, Vélez Rodriguez e a dos Direitos Humanos, Damares Alves. Já os outros três núcleos - que ao meu ver são os pilares que sustentam o governo - reúnem as equipes econômica, capitaneada por Paulo Guedes, a judiciária ligada ao lavajatismo, por Sergio Moro, e o núcleo dos militares.

O bolsonarismo ainda dispõe de uma base social mobilizada pela agenda de endurecimento penal e valores conservadores, e o instrumento para isso é manter a luta ideológica em ponto de fervura e a sociedade polarizada. Já a Banca - o capital financeiro - só pensa "naquilo", a reforma da previdência. Não estão nenhum pouco preocupados com a possibilidade da crise do governo atrapalhar a tramitação das reformas, pois se precisar eles apertam o garrote no Congresso até os parlamentares entregarem a encomenda.

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No entanto, o problema central do episódio da briga envolvendo o filho de Bolsonaro, Carlos, o "01", e o secretário-geral da presidência, Bebianno é que este articulava junto ao Congresso pelas reformas. E os termos da articulação se davam no bom e velho "toma lá, da cá". Se as denúncias contra Bebianno se referirem a essas negociações, a articulação política do governo perde confiança junto ao parlamento e desmorona. Simples assim.

Bebianno passou o fim de semana sinalizando que cairá atirando. Se o que tem a dizer - e se disser - for referente às finanças da chapa Bolsonaro/Mourão, ele taca fogo na crise, abrindo precedente para instauração de processo de cassação de chapa - o que uniria setores da esquerda à direita liberal.

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No entanto, num cenário desses, a reforma da previdência e o pacote "anti crime" de Moro ficam sem chances de aprovação, o que resultaria no fim do governo Bolsonaro e jogaria o Brasil numa espiral de incertezas que uma conjuntura fascistizante carrega consigo.

A ver.

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