Antropologia dos sonhos
Embora não se tenha chegado ao fim da pandemia, continuamos com uma sociedade egocêntrica
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Quando o mundo grego viveu os primórdios do pensamento filosófico, o mesmo tinha como preocupação explicar a origem das coisas e dos deuses. Mas com o surgimento das pólis, o homem se tornou a principal preocupação dos pensadores. Foi nesse cenário que surgiram os sofistas. Grupo que para muitos devem ser considerados os primeiros antropólogos.
O fato é que mesmo mudando de preocupação, os filósofos até em dias atuais, sabem que entender o ser humano é algo intrigante. Para tanto, basta observar a pluralidade de teorias com relação ao tema. E o desafio não se limita ao mundo da filosofia, mas se estende ao campo sociológico, histórico, teológico e tantos outros.
Quando se tenta explicar o comportamento do indivíduo na sociedade, há muita celeuma. De um lado aqueles que defendem que a conduta maléfica se encontra amparada nas questões sociais e que vencendo as barreiras das desigualdades o problema estaria resolvido.
Por outro prisma, existem os que defendem que as práticas delituosas do ser humano são explicadas pela índole humana. Segundo os adeptos, a maldade é fruto da natureza humana. E que os relatos onde a guerra se faz presente majoritariamente na história da humanidade confirmam a teoria. Basta lembrar dos escritos de Tucídides.
No mundo contemporâneo, ficou sobre a responsabilidade de Kant o desejo de uma paz perpétua. Fato que nos parece cada vez mais distante de ocorrer. Que nos diga o fatídico 11 de setembro de 2001. E para completar, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que tem causado mobilização de outros países, em clara demonstração da maioria em desacordo ao comportamento do governo russo.
Muitos acreditavam que o século XXI, seria marcado pela paz entre os povos. Lamentavelmente, no primeiro ano do século em curso ocorreu um atentado terrorista que mudou completamente a maneira das relações internacionais. Da mesma forma há também quem acredite que com o fim da pandemia, teremos uma sociedade mais solidária.
Ora, embora não se tenha chegado ao fim da pandemia, continuamos com uma sociedade egocêntrica. Milhares de crianças estão sendo retiradas do seu território pátrio e muitas famílias se separando com medo da morte.
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