CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Aquiles Lins avatar

Aquiles Lins

Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos Norte, Nordeste e Centro-Oeste do grupo.

133 artigos

blog

Ao manter Chiquinho Brazão preso, Câmara prova que não há ‘ditadura do STF’

“O resultado da votação representa uma vitória de todas as pessoas que lutam por justiça por Marielle e Anderson, dentro e fora das fronteiras brasileiras”

Chiquinho Brazão (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (10) manter a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Foram 277 votos favoráveis, 129 votos contra a prisão e 28 abstenções. Para manter a prisão preventiva, eram necessários 257 votos, ou seja, maioria absoluta da Casa. O resultado da votação representa uma vitória de todas as pessoas que lutam por justiça por Marielle e Anderson, dentro e fora das fronteiras brasileiras. Depois de seis anos de obstrução judicial e leniência com a impunidade, o estado e suas instituições competentes estão seguindo o caminho da responsabilização de todos os envolvidos nesta barbárie. 

A decisão da Câmara de manter Chiquinho Brazão preso foi ao mesmo tempo uma importante derrota política para o presidente da Casa, Arthur Lira, que silenciosamente trabalhou em prol de Brazão, bem como para um de seus principais aliados, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento. O candidato à sucessão de Lira apoiou arduamente a soltura de Chiquinho Brazão dizendo que era preciso ter “coragem” para defender os deputados. O bolsonarismo, que votou em peso para tirar Brazão da cadeia, também saiu derrotado. Dos 95 integrantes da maior bancada da Câmara, 71 votaram contra a manutenção da prisão. Foi uma derrota também para o ex-deputado Eduardo Cunha, que a partir do gabinete da filha, deputada Daniele Cunha, articulou pela soltura do parlamentar.  

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Supremo Tribunal Federal é o maior fortalecido da votação da Câmara. Apesar de enfrentar no Congresso uma série de pautas que tentam limitar sua atuação constitucional, a Suprema Corte, e especialmente o ministro Alexandre de Moraes, obtêm do campo político uma chancela importante e oportuna diante de um crime que deixou uma ferida aberta no país. Além disso, no momento em que o Brasil é vítima de um ataque internacional da extrema-direita com as falsas acusações feitas pelo bilionário Elon Musk, a decisão soberana da Câmara mostra que não vivemos na ditadura mal desenhada por Musk e seus engenheiros do caos. 

O deputado Chiquinho Brazão foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a morte de Marielle no Supremo Tribunal Federal. A decisão foi seguida pela 1ª Turma do STF. A Constituição determina que as prisões preventivas de parlamentares devem ser analisadas pelo Plenário da Casa do congressista. Além do deputado Chiquinho Brazão, também é acusado de ser mandante do crime o seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Na mesma decisão do ministro, a Polícia Federal prendeu o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, suspeito de agir para proteger os participantes do crime. O assassinato de Marielle ocorreu em março de 2018, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Na época, Chiquinho Brazão era vereador na capital fluminense.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Relacionados

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO