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Lívio Silva

Mestrando em Direitos Humanos, Especialista em Direito Internacional e em MBA Jornalismo Digital

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Apátridas, refugiados e minorias étnicas

"Dentre muitas características do Fascismo, aquelas que considero mais destacáveis são o culto a um líder mítico, a adoção de um partido único, o caráter totalitário do Estado, o ultranacionalismo, o exagero na defesa dos valores tradicionais, a aversão ao moderno, o caráter anti-liberal e o desprezo pela democracia"

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O Fascismo, suas derivações e regimes semelhantemente autoritários revelaram à Humanidade o quão cruéis podem ser os seres humanos com seus semelhantes, mesmo depois do mundo ter atingido um razoável grau de evolução.

Nas décadas de 20 e 30 a Itália foi governada por um regime político extremamente autoritário, tudo isso em um cenário de grave crise econômica do pós-primeira guerra mundial. Sua versão alemã, o Nazismo, chocou o mundo com sua perseguição racial que culminou no extermínio de seis milhões de judeus.

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Dentre muitas características do Fascismo, aquelas que considero mais destacáveis são o culto a um líder mítico, a adoção de um partido único, o caráter totalitário do Estado, o ultranacionalismo, o exagero na defesa dos valores tradicionais, a aversão ao moderno, o caráter anti-liberal e o desprezo pela democracia. 

Embora os especialistas alertem para o uso exagerado do termo fascismo para denominar fenômenos políticos autoritários que ocorrem na nossa atualidade, não podemos fechar os olhos para as semelhanças entre os cenários e as características do passado e do presente. 

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A ascensão da extrema-direita no mundo tem ocorrido após grave crise econômica que tem afetado vários países no mundo, sobretudo os EUA, após o estouro da bolha imobiliária de 2008, além da ocorrência de grandes deslocamentos migratórios que surgiram em função de guerras étnicas que assolaram diversos países ao longo do planeta neste início de século. 

Nesse sentido, o Fascismo e suas derivações alimentam-se desses componentes para criar sua visão desumanizadora de mundo. 

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A filósofa Hannah Arendt escreveu um livro chamado “As Origens do Totalitarismo”, no qual está incluído um capítulo onde há uma análise da relação entre os arranjos diplomáticos que desconsideraram a situação singular dos apátridas e dos refugiados, realizados no fim da primeira guerra, com a construção do ódio contra essas e outras classes. 

Há nesses contextos históricos de grande crise econômica e deslocamentos migratórios uma relação dicotômica muita clara entre classe média e os menos privilegiados, sobretudo os imigrantes e os que pertencem a minorias étnicas. 

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Assim, a classe média, ressentida com o desalento que a crise econômica provoca, busca atribuir a culpa desse resultado a outra classe, geralmente os imigrantes, que segundo aqueles chegam pra tomar seus empregos, ou minorias étnicas, que supostamente contariam com a mão leve do Estado para “mimá-los”, enfim, algum grupo de excluídos é escolhido pela classe média e pelas elites como o causador de todo o mal que assola o mundo.

 Foi assim com o Nazismo, que escolheu os judeus e outras minorias da época para perseguir. Assim tem acontecido em nossa época, a exemplo do governo Trump, que em campanha eleitoral já prometia deportar imigrantes e construir um muro na fronteira com o México. 

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E no Brasil, a versão tupiniquim de Hitler, o nosso atual presidente, já em sua campanha à Presidência declarava ódio a índios e quilombolas, além de outras minorias. 

Quando superarmos estes tempos de pós-verdade, é muito importante que haja um empenho da sociedade como um todo em entender como surge o pensamente fascista e suas derivações, quais as condições sócio-econômicas que favorecem o surgimento desses fenômenos e como fazer para evitar que ocorram novamente.

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