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Aprendendo com Lula - Parte 4

O combate à fome e à miséria foi, como Lula desejava, a grande obra de sua vida. O sucesso de seu governo que não se restringiu à diminuição da desigualdade social, mas tornou o Brasil respeitável, economicamente forte, foi determinante para tudo o que ele vive hoje. Há uma grande luta a ser travada contra o capital

(Foto: Stuckert)
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“Se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”

Discurso de Posse do Presidente em 01/01/2003

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“Sem medo de ser feliz” o jingle de campanha mais marcante de toda a disputa política protagonizada por Lula, pelo PT. “Lula lá, brilha uma estrela”. Sim, e a estrela de Lula brilhou. Uma campanha de unificação nacional em torno de um projeto que, por um lado muitos torciam pelo fracasso e, com isso, apagar Lula para sempre da história política brasileira, devolvendo o Brasil para a direita, como sempre foi em seus 502 anos anteriores. Por outro lado, o presidente sabia de uma única coisa: não podia errar. E não errou. Aliás, errou, e errou feio. Cometeu o crime de pensar primeiro sempre nos pobres e desvalidos fazendo cumprir, pela primeira vez, a Constituição.

Em seu primeiro discurso, em janeiro de 2003, ao invés de proclamar à nação como meta de governo grandes investimentos e infraestrutura, modernização dos meios produtivos, ampliação do agronegócio e qualquer outro grande feito prometido por seus predecessores, afirmou, com toda a simplicidade e, talvez, com as lembranças de tempos de fome, que sua grande missão de vida era erradicar a fome. Café da manhã, almoço e janta para todos. Paradoxalmente essas ações simples e quase sem importância para muitos, foi o motor que tirou o Brasil de economia quebrada e devedora para a sexta economia global.

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O Programa Fome Zero, que instituía, dentre outras ações, uma pequena renda para as famílias mais carentes, injetou dinheiro na economia. Com o aumento do consumo, o aumento de produção e com este, a necessidade de mão-de-obra, salário, mais dinheiro no mercado, maior produção, etc. Não foi diferente com o Programa Luz Para Todos: energia elétrica nos mais longínquos lugares do Brasil trazendo, além do conforto natural de não viver mais da lamparina e podendo aproveitar mais o tempo à noite, novos confortos próprios da nova condição de vida como geladeira, liquidificador, televisão e eletrodomésticos em geral. Ou seja: mais consumo; mais produção; mais emprego; mais salários; mais condições de vida e a roda da economia continuou girando.

Foram milhões e milhões de pessoas que saíram da pobreza extrema. Outros milhões ascenderam um ou mais degraus para a classe média. Com isso o presidente compreendeu e, até hoje, utiliza o bordão de que pobre não é problema; é a solução para a economia. Não fosse sua obsessão em combater a fome e a miséria, talvez seus inimigos tivessem triunfado e não passaria do primeiro mandato.

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Me recordo que, quando criança, mesmo morando em cidade, vivíamos a base de lamparina, água de poço, privada feita fora de casa, um buraco no chão. A diversão da época era o rádio a pilha, as radionovelas, a única fonte de informação (e de doutrinação) disponível. Muito tempo depois, apenas uma das vizinhas tinha televisão preto e branco, mas era o point das vizinhanças. Muitos diziam que era coisa do demônio aquelas pessoas e coisas dentro daquele móvel. Sim a televisão antiga era um verdadeiro móvel, com pernas e tudo e, sim, hoje sabemos, era coisa do demônio. Meu chefe escoteiro (sim sou escoteiro), o Padre Ângelo que, quando ainda eu era adolescente, nos dizia que a televisão era uma puta em casa. Hoje, 38 anos depois, entendo bem o que ele queria dizer.

Talvez o maior erro do Lula foi não ter combatido o analfabetismo político, pois, assim como a fome de comida mata o corpo físico, a fome intelectual abortada da luta de classes, mata o corpo social. Com Lula na presidência, tanto o Partido dos Trabalhadores, quanto os demais partidos de esquerda praticamente abandonaram a luta de classes. O vácuo deixado pelas lutas das esquerdas foi preenchido pelas ideologias da direita e deu no que deu. A não-taxação das grandes fortunas, a não-regulamentação dos oligopólios midiáticos e a proliferação de denominações ditas evangélicas foi decisivo para a aparição de tantos zumbis. Paulo Henrique Amorim dizia que era muita ingenuidade, principalmente do Zé Dirceu, acreditar que os meios de comunicação, o Partido da Imprensa Golpista, seriam benevolentes.

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“Sem medo de ser feliz” foi uma frase resgatada por Lula que acompanha sua assinatura em suas cartas/bilhetes que envia do cárcere. O grande diferencial é que, quando ela surgiu, o Brasil vivia um momento de esperança na mudança que aconteceu com a eleição de nosso presidente. Hoje, talvez mais necessária que antes, traz em si o necessário grito de independência e liberdade diante do caos que se abateu sobre a sociedade. Contudo, enquanto os progressistas não ressignificarem essas palavras e seguirem em busca do ideal socialista do bem comum, da justiça social, da democracia plena e, não apenas medo de ser feliz, mas medo de nada, muitas desgraças ainda acontecerão.

O combate à fome e à miséria foi, como Lula desejava, a grande obra de sua vida. O sucesso de seu governo que não se restringiu à diminuição da desigualdade social, mas tornou o Brasil respeitável, economicamente forte, foi determinante para tudo o que ele vive hoje. Há uma grande luta a ser travada contra o capital. Em várias partes do mundo essa luta está sendo vencida ou, pelo menos, travada. Precisamos aprender com Lula o sentido de luta política, resiliência, amor à causa, amor às pessoas, amor ao Brasil.

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À luta!

#LulaLivreJá

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#LulaPresoPolítico

#LulaPeloBrasil

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