Araçatuba, o Assalto Midiático
O assalto em Araçatuba, ocorrido nesta madrugada (30), traz algumas características sui generis. O modus operandi difere dos assaltos acontecidos ano passado.
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O assalto em Araçatuba, ocorrido nesta madrugada (30), traz algumas características sui generis. O modus operandi difere dos assaltos acontecidos ano passado.
A sequência de assaltos realizados ano passado, têm como modus operandi, serem bem organizados, vários homens bem armados, usa-se veículos para fechar ruas, desse modo, obstruindo a movimentação da polícia pela cidade. Atira-se a esmo para assustar a população e os agentes da lei.
Escolhe-se cidades pequenas do interior, porém, a principal estratégia é a velocidade em que acontece toda a ação. Não mais que 30 minutos. Isso porque, a polícia das pequenas cidades não estão preparadas para coibir assaltantes bem armados. É preciso requisitar apoio das polícias das cidades médias e grandes da região. Pela velocidade que ocorre toda a ação, quando o apoio policial chega, os assaltantes já foram embora com o roubo.
A operação ocorrida nesta madrugada foge do padrão justamente por esse motivo, o tempo. O roubo em Araçatuba durou cerca de duas horas. Foram feitos reféns que estiveram obrigados a desfilarem pelas ruas como escudos humanos. Outros, colocados em cima de veículos que passeavam pelo bairro.
A maior vantagem deste tipo de assalto é a velocidade em que ocorrem, quando a polícia consegue se organizar e receber reforços, os criminosos já estão bem longe. Portanto, não há necessidade nenhuma de se fazer reféns.
Fazer reféns dá trabalho, aumenta as variáveis de incerteza. Tem-se que disponibilizar homens que poderiam estar vigiando, monitorando o rádio da polícia, carregando o dinheiro, em vez de perdendo tempo cuidando de reféns. Porque resolveram abandonar a tática essencial que lhes dá segurança?
Desta vez, não foi um simples assalto, foi também uma operação midiática. O objetivo também foi o de causar pânico, aumentar a sensação de risco, caos, medo e insegurança. Falta observar quem vai colher os louros e se beneficiar com a ação propagandista.
Será o bolsonarismo? Os militares como os detentores da ordem? Ou, o terceira via, João Dória?
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