Armínio, pai dos juros altos, joga contra Lula para sustentar tirania financeira da Faria Lima

O economista e megaespeculador internacional, Armínio Fraga, porta-voz financeiro da Faria Lima, que critica a agência Mody’s por elevar a qualificação de crédito do Brasil, graças à performance econômica positiva do governo Lula, é o principal responsável pela especulação financeira no Brasil.

Foi ele que iniciou remoção dos mecanismos de regulação e controle de entrada de capital especulativo no País, quando presidente do Banco Central, na Era FHC.

Por isso, é e sempre foi o campeão dos juros altos, que, na sua gestão, chegaram aos 26% com a taxa Selic, depois do golpe cambial de 1994, que promoveu a sobrevalorização cambial para controlar a inflação, com o Plano Real.

Graças a essa façanha, foi, com a turma de economistas do Real, responsável por garantir dois mandatos presidenciais ao tucano Fernando Henrique Cardoso.

Posteriormente, sob ataque da oposição, que levaria Lula ao poder, em 2003-2010, e Dilma Rousseff, de 2011 a 2016, quando foi derrubado por golpe neoliberal parlamentar jurídico, midiático e parlamentar, Armínio Fraga faria mea-culpa.

Considerou que o maior erro dos tucanos, que impediu retorno deles ao poder pelo voto, foi ter mantido a taxa de juros bem acima do crescimento do PIB; isso resultou em avanço incontrolável da desigualdade social e do subconsumismo, responsáveis maiores por espantar investimentos internacionais no Brasil.

Agora que Lula, com sua proposta social-democrata de promover desenvolvimento com melhor distribuição da renda, sinaliza que o BC praticará juros Selic mais baixos, depois da saída, no final do ano, do neoliberal Campos Neto, Armínio prevê desastres.

O ex-sócio do megaespeculador George Soros, no fundo de investimento Quantum, teme que os juros caiam e a mamata dos rentistas chegue ao fim

INIMIGO DA ECONOMIA NACIONAL - Quem conheceu bem os passos preliminares dados por Armínio Fraga para jogar o País nas mãos dos rentistas, até que criassem o Banco Central Independente, porta-voz da Faria Lima, foi o ex-senador marxista petista, Lauro Campos, DF, em seu livro “O Brasil de Bandeja – Reflexões sobre o neo-entreguismo e o desfazimento do Estado”, Editora Senado, 2000.

O entreguismo do ex-presidente do BC iniciou com a supressão das regras fixadas na Resolução nº 1.289, de 20 de março de 1987, que procuravam proteger o Brasil contra movimentos especulativos de curto prazo, pela exigência de prazo de permanência mínima dos investimentos.

Para tanto, Fraga baixou a Resolução nº 1.832, de 31 de maio de 1991, que alterou o Anexo IV, da Resolução nº 1289, introduzindo dispositivos visando à “flexibilização das regras que orientaram a participação de investidores institucionais externos nas bolsas brasileiras”, conforme Relatório do Banco Central, de 1991, p.62.

Na sequência, o entreguista Armínio, apenas quatro meses depois, baixou nova alteração do Anexo IV pelo artigo 27 da Resolução nº 1.867, de 23 de setembro de 1991, que facilitou avalanche de capital externo no país, sem pagar nenhum pedágio, na avenida larga do entreguismo.

O megaespeculador tupiniquim não parou por aí: com a Resolução nº 1.877, de 22 de outubro de 1991, “eliminou os critérios de diversificação de aplicações nos casos de sociedades e fundos, onde todos os acionistas e condôminos fossem investidores institucionais estrangeiros, bem como os prazos de permanência para investimentos realizados via sociedades de investimentos e fundos de investimentos, conforme estava previsto na Resolução nº 1.289, de 20 de março de 1987”(Relatório do Banco Central nº 1.991, p. 63).

Por fim, Fraga, em sua sanha especulativo-entreguista, baixou Resolução nº 1.935, de 30 de junho de 1992, que “autoriza os fundos e as carteiras de investimentos, regulamentadas pelas Resoluções nºs 1.289 e 1.883, a realizarem operações de opções de futuros, referencias em valores mobiliários, taxas de juros e câmbio”.

CAPITAL DE MOTEL - Ou seja, Fraga arrombou a porta para os capitais de curto prazo, os chamados investimentos de portfólios, também, conhecidos como “capital de motel”, para que nunca mais o mercado financeiro deixasse vigorar no país taxa de juro compatível com o desenvolvimento, mas adequada aos interesses da Faria Lima.

Com essa facilidade extrema, o governo tucano, no qual Armínio Fraga seria titular do Banco Central, promoveu o acúmulo de reservas especulativas que seriam utilizadas para salvar bancos estaduais em inadimplência, para, em seguida, privatizá-los com o PROER, mediante desembolso de 21 bilhões de dólares; em seguida, as reservas seriam utilizadas para acelerar privataria desenfreada.

Portanto, Armínio é esse personagem, nefasto aos interesses nacionais, que, agora, está incomodado com a boa performance do governo Lula, que se encontra prisioneiro das políticas fiscais e monetárias, que ele praticou e deixou de herança para Campos Neto.

Não fosse Armínio e sua política criminosa especulativa, que jogou a economia no abismo da financeirização, o país estaria na rota do crescimento de 5% a 7% ao ano do PIB, com deslanche da industrialização e salários valorizados, na promoção do sonho lulista de transformá-lo no paraíso da classe média.