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Nívea Carpes

Doutora em Ciência Política e mestre em Antropologia Social

27 artigos

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As armadilhas para as democracias do neocolonialismo

As armas nucleares que nunca existiram serviram para justificar uma guerra. Muitos analistas políticos logo perceberam tratar-se de fato produzido artificialmente, largamente divulgado como motivação para o confronto no Iraque. Mentira admitida por Trump neste outubro

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Trump admite que nunca houve arma de extermínio em massa no Iraque. 

As armas nucleares que nunca existiram serviram para justificar uma guerra. Muitos analistas políticos logo perceberam tratar-se de fato produzido artificialmente, largamente divulgado como motivação para o confronto no Iraque. Mentira admitida por Trump neste outubro. 

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Apenas mais um acontecimento histórico, dos tantos que vêm ficando claros nos últimos anos, quando todos nos perguntamos sobre os motivos da clareza dos posicionamentos, das alianças e dos acordos políticos.

Ninguém, nenhum partido, nenhum projeto e nenhum interesse espúrio consegue permanecer mascarado.

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Ocorre que cada dia está mais nítido que o mundo passa por um movimento calculado e desencadeado pelo capitalismo decadente. Este que tenta sobreviver, retomando a colonização dos países não desenvolvidos de maneira ávida e explícita. Este que se nega a dividir poderes com a polarização das forças do mundo.

Quanto mais o tempo passa e muito rapidamente, percebemos que nenhum dos eventos de ascensão da extrema-direita e da retomada de projetos neoliberais pela retirada de direitos dos trabalhadores e pela privatização de riquezas nacionais, trata-se de mero acaso.

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A diferença para outros períodos históricos está na sofisticação dos recursos utilizados, de tal forma que sem dar um tiro é possível submeter uma nação inteira, talvez um continente. A tecnologia da comunicação hoje é uma das principais armas para estes resultados, que atinge objetivos em massa, com grandes resultados de sucesso.

A destruição da economia Argentina, Ivan Dúque - um direitista na Colômbia, a tomada do poder por um Cavalo de Tróia no Equador, a dissolução do Congresso no Peru, a sequência de perdas de direitos no Brasil - combinada com a entrega de riquezas nacionais e desgoverno; todos, eventos não ocasionais, um grande projeto contra a bipolarização do mundo. Uma cartada desesperada contra o avanço inevitável do bloco China e Rússia.

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Frente às diárias revelações escandalosas sobre os recursos de dominação desde o caso Wikileaks, temos ciência de que é central a utilização de tecnologias diversas para espionar as populações e lideranças, como forma de antecipar acontecimentos, para mapeamento de posicionamentos políticos e para definir estratégias de manipulação de massa.

Além disso, a formação de quadros latino-americanos para defenderem, institucional ou politicamente, os interesses americanos, é uma prática que está muito clara. A elucidação de alguns destes eventos expôs nomes como Temer, Moro, Dallagnol, Serra e o próprio Lenin Moreno do Equador, dentre outros que demonstraram vínculos com os Estados Unidos, aparentando um jogo duplo, onde o que está em questão são os interesses dos americanos.

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O Google é uma ferramenta tecnológica que está à disposição dos interesses do capitalismo clássico, com todas as capacidades de esquematizar os mais variados dados de seus usuários, dados que foram demonstrados pelo caso Wikileaks serem de interesse do Departamento Nacional de Segurança norte-americano. 

Mas não paramos nessas descobertas, estamos cientes também da utilização de algorítimos das redes como Facebook e Whatsapp para manipular eleições com diversas configurações, é o caso do Brexit e das eleições na Índia, nos EUA, no Brasil e em alguns países africanos.

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Temos visto que as redes sociais tiveram e continuam tendo grande influência no impulsionamento de protestos como a Primavera Árabe, os manifestos de 2013 e as manifestações de Hong Kong.

Nesse nível de influências, precisamos conversas sobre a democracia e sobre quanto ainda é possível construir um espaço democrático, diante de uma realidade com recursos de manipulação de massa sobre os quais não se tem qualquer controle.

As pessoas estão sendo espionadas, rastreadas e manipuladas, sem consciência sobre o potencial das tecnologias que acessam em termos de utilização das suas informações para produzir reações projetadas a partir do perfil psicológico de cada um. Precisamos voltar a discutir democracia, pensando o ambiente virtual como parte representativa da realidade atual no mundo.

A internet tem tornado mais eficiente a dominação de mentes e corações, sem o que o capitalismo não se reproduz.

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