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As armas do sonho

Trump escancarou a cortina da ação externa, armas que contagiou o consciente e o inconsciente do 'americano cordial' e motivou a adesão às suas teses. É um tio Donald narcisista, machista, racista, homofóbico, e seu aliado no Brasil, Jair Messias, defende posições semelhantes

As armas do sonho (Foto: Leah Millis - Reuters)
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"Trump escancarou a cortina da ação externa, armas que contagiou o consciente e o inconsciente do 'americano cordial' e motivou a adesão às suas teses. É um tio Donald narcisista, machista, racista, homofóbico, e seu aliado no Brasil, Jair Messias, defende posições semelhantes. É uma aliança em defesa da guerra, tortura e morte de opositores, invasões no continente e entrega de empresas, junto com restrições de direitos e conquista sociais.

Nem Trump, nem Bolsonaro esconderam tal visão e a diferença está na evidência de que nosso país, agora parceiro de uma potência bélica, nada ganha com a submissão a Trump e seu grupo. Mais: afetou a imagem do brasileiro cordial, tolerante, que votou num defensor da tortura, matança de favelados, negros e pobres, sob pretexto de garantir a segurança, a ordem e a paz.        

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Assim, nada de espanto, desencanto. Nem crença no começo, ou fim, do modelo que pouco ou nada muda na nova/velha ordem mundial. Era previsível, pois, o triunfo do apelo ao imaginário – resgate do sonho – à política do big stick (do porrete), do macarthismo ou nazismo, com ataques às minorias étnicas, artistas e intelectuais. Na aparência era uma tática que parecia impossível, tosca, pois estariam consolidados os direitos e oportunidades no estilo de vida americano, ou ao menos na doutrina Monroe – A América para os Americanos.

Então surge o lado sombra, obscuro - do machismo, sexismo, homofobia e restrição de direitos – consagrando a vitória de Donald Trump que explorou com avanços e recuos a sua imagem de narcisista, demolidor, machista, capaz de resgatar os valores americanos: a garantia de oportunidades e o poderio econômico e militar da maior potência do planeta. Noutras palavras, Trump escancarou a cortina do cenário da crise do sistema – desemprego e pobreza - da ação externa – golpes e intervenção - armas que contagiou o consciente e o inconsciente do “americano cordial” e motivou a adesão do arcaico Colégio Eleitoral, com 538 votos.  

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Na prática, tornou evidente que agiria de forma direta para não perder espaço no processo de globalização, sem as dissimulações dos democratas, que usam grampos e grupos financeiros para golpear as instituições na América Latina, Ásia e África. De resto, cabe lembrar a ironia da década de 1960 – os democratas preferem ocupar países ou regiões pelo norte, com ajuda de embaixadores e políticos; os republicanos pelo sul, usando porta aviões, submarinos e tropas.

No curso da história recente, exceção apenas para John Kennedy (período final), antes da morte no Texas; promessa de Robert Kennedy (num evento em Carpina, Pernambuco) – assassinado na Califórnia por um jordaniano; as gestões de Jimmy Carter – Nobel da Paz - e Bill Clinton. Na fase Obama apoio ao mercado, aos “investidores”, para golpear as instituições e avanços no Cone Sul, tornando frágeis os discursos e garantias sobre democracia, liberdades e direitos humanos, tônica da campanha de Hillary Clinton.  

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É inegável que os democratas, neste século, foram dissimulados, com alianças bélicas que tornaram infernal a vida no Iraque, Afeganistão, Líbia, Ucrânia e Síria. Afora isso, não pode causar surpresa a ascensão de Donald Trump, com promessas de protecionismo, restrição de direitos, críticas à mídia num jogo que fazia parte do seu esquema de marketing. Daí é provável que tenha relações liberais com a ordem global, até porque na prática o governo Obama agiu para inviabilizar os BRICS, apoiar o golpe parlamentar no Paraguai e no Brasil e financiou a eleição de Macri na Argentina, país que está quebrado e em franco processo de recessão. De resto, vale a sentença de Vence Cavalo – personagem de João Ubaldo Ribeiro – “as forças da história se atribulam por caminhos ignotos”.

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