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Leônidas Mendes

Professor de História

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As classes médias no espelho: corrupção e ressentimento

A tal “Operação Lava Jato”, um dos pilares do moralismo seletivo, cínico e degenerado de nossas classes médias, foi outra vez flagrada em crime de lesa pátria, afora os demais, ao descobrir-se que “o menino maluquinho e farsante” Deltan Dallagnol prestava serviço ao FBI e ao governo americano, com o fito de destruir a democracia e empresas brasileiras

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Nesta semana, o jornalista Luís Nassif botou mais uma vez o dedo na ferida do cinismo e do falso moralismo das classes médias brasileiras. Foi pra cima: “O bolsonarismo não revelou apenas a face fétida de uma classe média preconceituosa e anticientífica. Mais que isso, explodiu na cara do país a hipocrisia dos “homens bons”, do chamado andar de cima, das figuras que deveriam ser referenciais, [da] Justiça e [do] jornalismo [...]”.

Aliás, isso vinha sendo diuturnamente demonstrado desde golpe de 2016 quando as classes médias, liberadas pelas elites paulistas, depuseram um governo legitimamente eleito e uma presidente reconhecidamente honesta (talvez, por isso mesmo) em nome de uma moralidade frágil, seletiva e cínica.

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O bolsonarismo completou o desnudamento ao explicitar o baixo nível intelectual, a irresponsabilidade política, o egoísmo socioeconômico, o desprezo pela vida (de pobres, de negros, de lgbts+, etc.) de nossas elites, acumpliciadas com grande parte das classes médias; caracteres que, nesta semana, foi diversas vezes comprovados.

Veja-se, por exemplo, o caso da “cidadã de bem bolsonarista” Ana Paula Brocco flagrada fraudando o auxílio emergencial enquanto desfilava em viagens internacionais e exibia fotos de seu futuro casamento a realizar-se num resort no Caribe. Ou as falas do prefeito de Itabuna Fernando Gomes (PTC) ao anunciar determinação de abertura do comércio (em plena pandemia) “morra quem morrer”.

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As cenas de hipocrisia explícitas não param!

No meio da semana, a tal “Operação Lava Jato”, um dos pilares do moralismo seletivo, cínico e degenerado de nossas classes médias, foi outra vez flagrada em crime de lesa pátria, afora os demais, ao descobrir-se que “o menino maluquinho e farsante” Deltan Dallagnol prestava serviço ao FBI e ao governo americano, com o fito de destruir a democracia e empresas brasileiras.

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Novidade? Pra quem? Para a mídia corporativa, que agora pousa de democrática? Para as milícias do Rio da Pedra, que operava desvios de verbas nos gabinetes da fami(lí)cia Bolsonaro? Para o senador José Serra, sempre “queridinho do PIG”, agora finalmente objeto de operação da PF, depois de ambulâncias, hemocentros, rodoanéis e que tais?

Teremos autocrítica de jornais, jornalistas, institutos instituições que deveriam ter, no mínimo, se portado à altura de seus discursos ou nos limites da Lei? (Pois é, ela mesma a LEI! Como diria, o “menino farsante”: “Ah! A Lei...!”)

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Talvez, daqui a 50 anos, a Globo, o PIG, se ainda existirem, peçam desculpas. 

“Ah! Desculpas!”

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