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Jeferson Miola

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As contradições envolvendo o “amigo pessoal” do juiz Moro

"Tanto mais o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato se pronunciam sobre a denúncia feita por Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht, mais densa fica a névoa que recobre o episódio. O esclarecimento da denúncia de Rodrigo Tacla Duran é de vital importância, porque insinua fatos extremamente sérios. As explicações trazidas a público por Moro e pelos procuradores da Lava Jato, todavia, não esclarecem o ocorrido, mas expõem contradições e geram novas dúvidas", escreve o colunista Jeferson Miola, sobre a denúncia que aponta que o advogado Carlos Zucolotto, amigo pessoal de Moro e ex-sócio da esposa do juiz, Rosângela Moro, teria facilitado acordos de delação premiada

"Tanto mais o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato se pronunciam sobre a denúncia feita por Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht, mais densa fica a névoa que recobre o episódio. O esclarecimento da denúncia de Rodrigo Tacla Duran é de vital importância, porque insinua fatos extremamente sérios. As explicações trazidas a público por Moro e pelos procuradores da Lava Jato, todavia, não esclarecem o ocorrido, mas expõem contradições e geram novas dúvidas", escreve o colunista Jeferson Miola, sobre a denúncia que aponta que o advogado Carlos Zucolotto, amigo pessoal de Moro e ex-sócio da esposa do juiz, Rosângela Moro, teria facilitado acordos de delação premiada (Foto: Jeferson Miola)
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Tanto mais o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato se pronunciam sobre a denúncia feita por Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht, mais densa fica a névoa que recobre o episódio.

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O esclarecimento da denúncia de Rodrigo Tacla Duran é de vital importância, porque insinua fatos extremamente sérios:

[1] cita suposta atuação ilícita do advogado Carlos Zucolotto, o “amigo pessoal” de Sérgio Moro, ex-sócio de Rosângela Moro [a esposa do juiz] num escritório de advocacia e advogado do procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima; e

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[2] relata suposto tráfico de influência, por mesmo Carlos Zucolotto, na intermediação de acordo de delação premiada com a Lava Jato em troca do pagamento de US$ 5 milhões de propina.

As explicações trazidas a público por Moro e pelos procuradores da Lava Jato, todavia, não esclarecem o ocorrido, mas expõem contradições e geram novas dúvidas.

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Na sua manifestação, Moro contrariou a própria informação, prestada em 2015, sobre a natureza do vínculo societário que sua esposa Rosângela mantinha com seu amigo Carlos Zucolotto, se com ou sem comunhão de trabalho e de honorários.

Na nota oficial de 27/8/2017 [“Força-tarefa repudia declarações de réu foragido da justiça”], os procuradores, por seu turno, declararam que “4.Nenhum dos membros da força-tarefa Lava Jato possui ou já possuiu relacionamento pessoal ou profissional com o advogado Carlos Zucolotto Jr., citado por Rodrigo Tacla Duran. Os procuradores jamais mantiveram com Carlos Zucolotto Jr. qualquer conversa sobre esse caso ou sobre qualquer outro.

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Esta declaração dos procuradores foi, porém, desmentida no dia 29/7/2017 [noticiado na coluna Mônica Bérgamo, FSP]: “O advogado Carlos Zucolotto Junior, amigo do juiz Sergio Moro, renunciou na segunda (28) ao mandato para representar o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Operação Lava Jato, em uma ação trabalhista”.

A gravidade da denúncia exigiria, no mínimo, que Moro e os procuradores demonstrassem aquela mesma vontade jacobina para investigar e apurar os fatos que aparentam quando querem atingir seus inimigos, em especial os políticos e lideranças do PT.

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Eles, ao contrário disso, optaram por uma reação corporativa beligerante, recheada de ataques e adjetivos para desmoralizar o denunciante. Agiram da mesma maneira que fazem aqueles que eliminam o mensageiro para não conhecer a mensagem.

Um procedimento diferente, por exemplo, das ocasiões em que validaram depoimentos de réus confessos pelo simples fato deles oferecerem conteúdos falsos, fabricados para incriminar e condenar o ex-presidente Lula, como aconteceu no processo judicial do apartamento triplex.

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Se, na “convicção” do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato, Rodrigo Tacla Duran é um “mentiroso e fantasioso”; um “criminoso foragido da justiça”; alguém que “tenta desesperadamente atacar aqueles que o investigam, processam e julgam”, por que eles não dedicaram uma única palavra para anunciar processos judiciais contra Rodrigo Tacla Duran?

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