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      Emir Sader

      Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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      As derrubadas de Lula pela direita

      Quando a oposição se dá conta que dispõe apenas de Aécio e de Alckmin para serem candidatos, a obsessão de tirar o Lula da jogada volta com força

      Quando a oposição se dá conta que dispõe apenas de Aécio e de Alckmin para serem candidatos, a obsessão de tirar o Lula da jogada volta com força (Foto: Emir Sader)

      (originalmente publicado no Carta Maior)

      O Lula já foi derrubado muitas vezes pela direita, só que nunca caiu. Foram momento de ejaculação precoce por parte da direita brasileira.
       
      A primeira vez foi na crise de 2005. A direita considerava favas contadas a derrubada do Lula. Pensou no impeachment, mas depois recuou, com medo da reação popular.
       
      Aí preferiu “sangrar o governo”, até derruba-lo nas eleições de 2006. Só que os efeitos das políticas sociais do governo tinham gerado uma grande base de apoio popular, que levou o Lula à reeleição em 2006.
       
      Depois Lula ia ser derrubado, ia sair derrotado do governo, porque sua candidata era um poste e o da direita amplamente favorito. Deu o poste e Lula saiu vitorioso, com o maior apoio popular que um presidente tinha tido, apesar da campanha da mídia monopolista contra ele.
       
      A obsessão com Lula voltou conforme se enfoca o horizonte das eleições de 2018. Ganhar no campo, a direita vê que é impossível, por mais que se contente ilusoriamente com pesquisas manipuladas. Se acreditasse nelas, não estaria de novo com a obsessão de tirar Lula do caminho, via alguma forma de impedimento jurídico.
       
      É o tema central da mídia e o objetivo do tal do juiz Moro. Nada faz sentido se não conseguir chegar a Lula, mas ao mesmo tempo tem medo e não tem elementos para isso.
       
      Quando a oposição se dá conta que dispõe apenas de Aécio e de Alckmin para serem candidatos, a obsessão de tirar o Lula da jogada volta com força. De que valeu toda a campanha do mensalão em 2005, se na eleição Lula derrotou Alckmin? De que valeria todas as manipulações de agora, se o enfrentamento voltar a colocar frente a frente Lula e Alckmin?
       
      Se trata então de derrubar de novo Lula, antes que ele derrube de novo a direita.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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