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Roberto Malvezzi

Graduado em Estudos Sociais e em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena, em São Paulo. Também é graduado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo. Atualmente, integra Equipe CPP/CPT do São Francisco

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As vozes isoladas contra o Sínodo

O mundo das novas mídias permite que grupos pouco incidentes na sociedade agora ganhem a voz e a potência que antes não tinham. Assim está acontecendo com os grupos ditos católicos que não aceitam até hoje o Concílio Vaticano II. Não só eles, mas também a extrema-direita global que se articula ao redor de Steve Bannon

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O mundo das novas mídias permite que grupos pouco incidentes na sociedade agora ganhem a voz e a potência que antes não tinham. Assim está acontecendo com os grupos ditos católicos que não aceitam até hoje o Concílio Vaticano II. Não só eles, mas também a  extrema-direita global que se articula ao redor de Steve Bannon. Estão por aí com suas missas em latim, condenando os comunistas, abortistas, heréticos e outros selos que colam nas pessoas que não comungam suas opiniões.

Agora a bola da vez é a oposição ferrenha ao Sínodo para a Amazônia. Certos grupos estão andando pela Amazônia, indo até às cidades, entrando nas casas do povo, pregando contra o Sínodo, coletando assinaturas, mas também pedindo dinheiro, o que fez alguns bispos chamarem até a polícia para esses estelionatários da fé.  

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O processo pré-sinodal tem quase três anos. Começou com quase vinte seminários espalhados pela Amazônia brasileira sobre a Laudato Sí, promovidos pela Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM). Depois, a data inaugural em Puerto Maldonado, Peru, quando Francisco disse: “hoje e aqui começa o Sínodo”.

Na sequência veio a consulta às bases por meio de um questionário enviado pela equipe que coordena a preparação do Sínodo, diga-se, sob direção do Vaticano, portanto, do Papa Francisco. 

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Nesse processo pelos nove países da Pan-Amazônia houve 57 assembleias, 13 fóruns nacionais, 16 fóruns temáticos, 179 rodas de conversa. Desse processo de escuta participaram 87 mil pessoas, cerca de 102 bispos, quatrocentos padres e 477 religiosos e religiosas. Finalmente, o chamado “Instrumento de Trabalho”, passou pela síntese das Conferências Episcopais locais, pela elaboração da equipe com a coordenação de Roma, portanto, do Papa Francisco.

Então, é no mínimo estanho que grupos isolados, sempre avessos a uma Igreja encarnada, arroguem para si o direito da última palavra sobre a Igreja na Amazônia, até porque não participaram do processo sinodal até agora. Até mesmo vozes isoladas de cardeais de outros países, um ou outro bispo emérito do Brasil, não têm condição de desqualificar o Instrumento, que pode e deve ser debatido, até porque não é o documento final, mas é fruto de um processo do qual eles não participaram. 

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Também as reações de setores governamentais revelam um descomunal desconhecimento da Igreja e de suas tarefas. É tarefa da humanidade “cultivar e guardar a criação” (Gênesis 2,15). É dever da Igreja que está na Pan-Amazônia - logo em mais oito países além do Brasil -, cultivar e guardar esse bioma para as atuais e futuras gerações. O Brasil, tal e qual o conhecemos, é uma dádiva da Amazônia. 

Esse é o Sínodo para a Amazônia, um gesto de amor aos povos amazônicos, ao poder da criação, de deferência Àquele que tudo criou, e que ama tudo e todos que fez (Gênesis 1). 

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