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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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Asno ou jacaré? Quem é Jair Bolsonaro no primeiro movimento político antropomórfico da história do Brasil

Justificando o porquê de ser o principal personagem da mais enganadora fábula moral já escrita, desde os idos de Esopo na Grécia antiga, Bolsonaro já não consegue mais esconder o ser inanimado que há por trás de sua figura política

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Das diversas teorias que andam sendo espalhadas por aí, acerca dos riscos de se tomar a vacina contra a covid 19, a da mutação genética, é, de longe, a mais inventiva e esdrúxula de todas. Olha! Eu devo confessar a vocês que eu sou do tipo que acredita em mutantes. Mas, só se eles tiverem a aparência e o tropicalismo de Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias e desembarcarem de uma nave espacial colorida cantando “Panis et circenses”, para resumir o picadeiro no qual o país se transformou, desde a chegada do bolsonarismo ao poder.

Bolsonarismo este que deveria ser definido como um movimento político antropomórfico, uma vez que é uma ideologia capaz de atribuir caraterísticas e aspectos humanos, ao asno que têm como líder. Mas também poderia ser um jumento ou um jacaré. Tanto faz. O importante é ser um mito constituinte de uma realidade geral distorcida por eles enxergada, capaz de protagonizar um conto moral apresentado à sociedade como avanço social e econômico. Distopia que nenhuma vacina é capaz de curar.

Justificando o porquê de ser o principal personagem da mais enganadora fábula moral já escrita, desde os idos de Esopo na Grécia antiga, Bolsonaro já não consegue mais esconder o ser inanimado que há por trás de sua figura política. Ao colocar a vacina e o seu fabricante sob suspeição, dizendo que “Se você tomar a vacina e virar um jacaré, o problema é seu. Se começar a nascer barba em alguma mulher aí, ou algum homem começar a falar fino, eles (a Pfizer) não têm nada com isso”, ele não deixa a menor dúvida quanto ao tripé de “is” que definem o seu nível de atuação no cargo que ocupa. Ele é inapto, inepto e infame.

Ao tentar induzir à população a não se vacinar, sugerindo até a assinatura de um termo de responsabilidade por possíveis efeitos colaterais provocados pela vacina, o asno, digo, o jacaré, digo, o presidente da república, mais uma vez, assume a responsabilidade sobre a vida e a morte de milhões de brasileiros. Ele, que já negou e relativizou a letalidade do vírus, fez piada com a morte de milhares de pessoas, agora se posiciona contra a cura de uma doença que vêm destruindo vidas. Existencial e socialmente. Como estimulador do caos institucional, ninguém foi mais eficiente do que ele.

Enquanto cuida de salvar a vida corrupta e ilícita de um dos seus filhos, aparelhando órgãos do estado para protege-lo e livrá-lo da cadeia, o asno transformado em presidente ignora a vida de milhões de cidadãos, incluindo a de eleitores que o ajudaram a se eleger. Um preço a ser pago por todos que alçaram ao poder, um ser incapaz de raciocinar e de expressar sentimentos humanos. Posto que é fruto do antropomorfismo ideológico e delirioso da elite dominante, presa em seus padrões estruturais baseados na opressão e imersa no seu psiquismo colonial de superioridade.

Talvez, já tivéssemos 57 milhões de asnos e jacarés entre nós e só percebemos isto, quando eles conseguiram eleger o seu mutante favorito como chefe maior da nação. Um descuido que não pode se repetir na próxima eleição, agora que já sabemos quem teve o seu DNA alterado pela vacina de combate à inclusão social, que espalhou o ódio por metástase no corpo da nossa sociedade. Um mal ideológico originário de um desejo onírico de retroceder ao abismo dos tempos mais sombrios da nossa história e que se materializou através de um comportamento hostil, irracional e pseudo moralista.

Assim como na letra de Gil e Caetano, imortalizada na interpretação de “Os Mutantes”, os legítimos, punhais e outras armas luminosas feitas de puro aço para matar, seguem encontrando vítimas pelas avenidas centrais do país, sem que as pessoas da sala de jantar se importem com isso. Elas estão mais ocupadas em nascer e morrer nas entranhas fétidas do seu conservadorismo elitista, egoísta e mau. O pão e o circo dos horrores continuam sendo servidos por esse governo genocida. Embora, para o povo haja muito mais horror do que pão.

Vacina neles!

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